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O mercado da moda
A indústria da moda abrange uma gama de diversidades com relação às atividades econômicas, que vai da elaboração de modelos de roupa, personalizados, até a produção de vestuário em série. O segmento ocupa o segundo lugar entre os setores que mais oportunizam a empregabilidade, afirma Burgardt (2007). Vale ressaltar, que a indústria da moda brasileira aumenta cada vez mais o seu espaço no mercado interno e estrangeiro. Apesar de considerarem o país como criativo e não com qualidade no produto acabado, atualmente, reconhecem ambas as características.
Moda é a tendência de consumo no mercado como um todo. Acompanha o vestuário e o tempo, que se associa ao uso de roupas do dia a dia. Elbachá (2007) comenta que o mercado consumidor atual se transformou em multifacetado, inconstante, rápido, observador, sentimental, exigente, mutável e incansável, tudo ao mesmo tempo. Isto quer dizer que, o profissional da moda deve levar ao mercado um posicionamento de mercado com a garantia de fidelidade e, que envolva o cliente de acordo com as percepções. Outra vez, Elbachá (2007) complementa: “quando desenvolvemos, produzimos ou comercializamos os diversos bens de moda, é fundamental estarmos atentos aos vários aspectos psicológicos e sociais que impulsionam o consumo simbólico”. Em seu artigo intitulado A Gestão da Moda na Era Contemporânea, Elbachá inicia expondo que estamos compartilhando da Era da Imagem, da comunicação, da informação imediata e da globalização. Logo, os estímulos são trabalhados para os consumidores com a intenção de persuadir e agradar, bem como tê-lo fiel à marca e propor retorno para a Marca.
Esta expansão é devido ao crescimento e desenvolvimento da indústria têxtil. Feghali e Dwyer (2004, p. 27) corroboram com a afirmação, “a maioria dos investimentos físicos realizados na indústria têxtil brasileira nos últimos anos esteve dirigida à modernização e reestruturação industriais, ou seja, para a busca de maior eficiência produtiva”. As autoras completam a informação em dados numéricos expondo que no Brasil, o parque fabril têxtil é composto em média por 4391 indústrias têxteis e 18 mil confecções registradas. Frente a estes dados, pode-se afirmar que o setor da moda está, constantemente, em fase de crescimento com relação ao ciclo de vida do produto. Afinal, o mercado consumidor procura por novidades e os profissionais devem partilhar das motivações, desejos e necessidades dos clientes.
Treptow (2007) simplifica com a declaração de que a moda brota em uma era histórica em que o homem passa a valorizar-se pela diferenciação por meio da aparência, o que se pode manifestar em individualização. Elbachá (2007) alimenta, “aparentar, aparecer, seduzir, diferenciar ou assemelhar são ações extremamente valorizadas na sociedade contemporânea”. Diante destes subsídios, é fato que o mercado que abrange a moda, em todo o seu contexto de arte, criatividade e etiqueta, está apto para pertencer às fatias de segmento que são criadas a cada estação.
Genericamente, o mercado é composto por três tipos de segmento: masculino, feminino e infantil. Porém, cada um desses segmentos comporta tantos outros sub-segmentos (hippie, alternativo, clássico, ousado, afro, punk, casual e outros.). E, por último, Feghali e Dwyer (2007) concluem que a indústria da moda é uma das mais admiráveis searas de comércio dos tempos atuais, preparada para proporcionar respostas instantâneas que atinjam às demandas do consumidor. Afinal, a biografia da moda está fixada no desenvolvimento da humanidade e, logo, no progresso e mutação de costumes, dizem Feghali e Dwyer.
Em suma, a desenvoltura do setor da moda não aconteceu por acaso. Muitas foram as transformações no mercado externo, mas também, houve um crescimento das percepções de mercado pelos profissionais do ramo. Atualmente, o objetivo das coleções não é, somente, expor ao público e produzir pra vitrine, e sim, buscar no conhecimento e nas atitudes do consumidor o ponto forte para traduzir o sucesso em fidelidade, mesmo que o cliente mude a cada estação, sempre terá uma cumplicidade por esta ou por aquela marca que o cativou com um simples toque de ousadia e íntimo. Para entender essa evolução, a função marketing influenciou os profissionais a pensar sistematicamente.
Autora: Sylvia Hoffmann
Curso: Moda (Senac/SC)
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