Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Acompanhe como o designer revolucionou a tradicional grife italiana.

Faz apenas três anos que Alessandro Michele foi anunciado na direção criativa da Gucci, em janeiro de 2015, mas já se tornou praticamente impossível imaginar a marca sem a estética vintage, as cores e as extravagâncias que o estilista trouxe para o DNA da marca. Afinal, quem se lembra das silhuetas elegantes e dos tons neutros usados por Tom Ford e Frida Giannini?

Michele passou de um simples funcionário ao homem que salvou a grife italiana de uma grande queda e revolucionou a estética da marca em pouco tempo. Acompanhe a seguir um pouco mais sobre as mudanças que a Gucci enfrentou nos últimos anos:

 

 

A empresa passava por uma crise em 2014, com um grande desaceleramento nas vendas e queda da receita, quando Frida encerrou seu trabalho para a marca, deixando a vaga de direção criativa em aberto, momento que marcou também a entrada de Marco Bizzarri no cargo de CEO da Gucci.

Essa sequência de acontecimentos também fazia com que um desconhecido, Alessandro Michele, diretor de acessórios da grife italiana, pensasse em alçar voos maiores e se afastar da empresa para a qual trabalhava há cerca de 13 anos. Foi quando Bizzarri, o novo CEO, o chamou para uma conversa sobre o futuro da marca, que precisava encontrar maneiras de superar a crise em que se encontrava.

As ideias e ideais de Michele encantaram Marco, que decidiu fazer o movimento ousado de anunciar, o até então designer de acessórios da marca, como substituto de Frida Giannini. Aberto à criatividade e em sintonia com as referências e inspirações artísticas do estilista, a parceria entre os dois deu surpreendentemente certo, transformando completamente a Gucci.


Verão 2012/13 | Inverno 2018

 

 

Tendo assumido o posto em janeiro de 2015, Michele apresentou sua primeira coleção em fevereiro do mesmo ano. Apesar de já mostrar que possuía propostas bastante diferentes para a grife, o inverno 2016 introduziu ao público a nova Gucci de maneira sutil. Assim como a locação, que remetia a uma estação de trem, a beleza do desfile era simples e valorizava as modelos ao natural, e as silhuetas vintage predominavam, mescladas à estampas geométricas e tecidos com superfícies metalizadas.


Gucci - Inverno 2016

 

 

Os resultados positivos foram imediatos. Em 2016, a grife já apresentava um crescimento de cerca de 24% em relação aos anos anteriores. O sucesso de vendas das primeiras coleções de Michele trouxeram mais credibilidade frente ao setor administrativo da empresa, o que culminou em coleções cada vez mais livres e  extravagantes.

O que vemos o estilista apresentar hoje nas passarelas de Milão é uma versão muito mais evoluída das primeiras coleções assinadas por ele. As referências de décadas passadas mescladas à inspirações diversas continuam como foco, porém, há mais espaço para dramaticidade e ousadia. Michele não poupa nos volumes, brilhos, bordados, acessórios e nas superfícies diferenciadas.

Michele também cuida pessoalmente da produção de cada look que é visto nas passarelas, construindo tudo como se fosse um filme, em que cada modelo é uma personagem. Ele cria personalidades em sua cabeça, levando em conta cada detalhe, desde o cabelo até os acessórios, para que o resultado final se aproxime ao máximo da existência real deles.


Gucci - Verão 2017/18

 

 

É claro que não demorou para que as peças criadas pelo designer ganhassem a atenção das fashionistas e celebridades. O estilo se propagou entre imagens de uso nas ruas, e itens como o mocassim aberto na parte traseira e forrado de pelos, que ganhou o nome de Princetown, se tornaram peças-chave para qualquer digital influencer de moda. Artistas como Rihanna e Beyoncé, ao lado de sua filha Blue Ivy, são algumas das celebridades que desfilam com looks da grife por eventos diversos.


Tommy Ton | Princetown | Rihanna no Coachella 2017 | Jay-Z, Beyoncé e Blue Ivy

 

 

Signos que fizeram parte da história da marca e foram esquecidos pelo tempo também surgiram revitalizados nas coleções de Alessandro Michele, e ganharam novamente popularidade entre o público fiel da Gucci. Esse é o caso das listras atléticas em vermelho e verde e do duplo "G" usado em fivelas e aplicações metálicas.


Yoyokulala | Tommy Ton

 

 

Todo esse fenômeno criado pelo estilista já foi reconhecido no mundo da moda: o italiano venceu dois dos prêmios mais importantes desse universo. São eles o de Designer Internacional do Ano do British Fashion Award e do Council of Fashion Designers of America (CFDA).

E Michele assume seu sucesso, inclusive brincando com ele através de estampas e frases que propagam a "Guccificação" do mundo, como vimos em sua coleção resort de verão 2018/19.

Agora que entendemos um pouco mais sobre a revolução que nos faz esperar ansiosamente por cada semana de moda italiana, para conferir o show preparado por Alessandro Michele, só nos resta perguntar: Quais serão as surpresas de sua próxima coleção?

A Gucci desfila novamente no final de setembro, durante a Milan Fashion Week. Até lá, confira na nossa galeria de imagens* as últimas coleções da marca!

Você pode ainda fazer o download gratuito de nosso conteúdo "Como Analisar um Desfile de Moda" clicando aqui, e aprofundar o seu olhar sobre os fashion shows da grife comandada por Alessandro Michele.

Fontes: Business of FashionVogue The Wall Street Journal.

Imagens: Divulgação.

http://blog.usefashion.com/noticias/inspiracao/a_gucci_de_alessandr...

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