Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A Guerra Suja Internacional Contra o Amianto Brasileiro

Em recente artigo publicado por este portal sob título “O uso do amianto não combina com qualidade de vida e saúde pública”, o Sr. João Carlos Duarte Paes, presidente da Associação Brasileira das Indústrias e Distribuidores dos Produtos de Fibrocimento (Abifibro), prestou um desserviço à sociedade ao tentar desempenhar papel de dublê de marketeiro de empresas multinacionais envolvidas numa guerra suja contra empresas similares nacionais.
Pior, com duplo lance de propaganda enganosa: primeiro, ao se fazer passar por porta-voz de um segmento que, em realidade, não se vê representado pela referida associação, cujo quadro de afiliados abriga uma única empresa — não por coincidência, a Brasilit, do grupo francês Saint-Gobain e fabricante de fibras sintéticas; segundo, e não menos grave, ao utilizar, indevida e irresponsavelmente, a chancela da Organização Mundial de Saúde (OMS), a quem atribui informações distorcidas, e, não raro fictícias.
Para que fique público, o Sr. João Carlos, durante a maior parte de sua vida profissional, prestou serviços à mineradora de amianto crisotila no Brasil e foi, até meados de 2000, um dos mais aguerridos defensores do produto, até mudar de posição por razões que desconhecemos.
Não podemos, é claro, nos manifestar em nome da OMS, entretanto, em respeito a esta importante instituição, nos sentimos na obrigação de alertar aos meios de comunicação para o fato de inexistir qualquer diretiva no sentido de se proibir o uso do amianto crisotila, cujos níveis de segurança são reconhecidos, provados e comprovados, sob as condições tratadas na legislação brasileira. Aliás, nesse aspecto, o Brasil tem sido referência mundial no que diz respeito ao uso seguro e responsável desse mineral.
Estranhamente, porém, o artigo não faz nenhuma referência ao alerta lançado pela OMS com relação às fibras sintéticas tidas como alternativas ao amianto — como Polipropileno (PP) e Polivinílico Álcool (PVA) —, que após serem minuciosamente analisadas apresentaram alto nível de biopersistência e toxidade. Traduzindo para linguagem simples, essas fibras, quando inaladas, permanecem por muito tempo no organismo humano, causando danos de conseqüências ainda indefinidas à saúde. Trata-se, portanto, de informação relevante, à luz de estudos realizados em 2005 pela Agência Internacional de Pesquisas sobre Câncer (IARC, ligada à OMS) e divulgados em reunião científica conhecida como Workshop de Lyon.
Esse esclarecimento torna-se necessário diante da desmedida insistência do lobby estrangeiro em querer imputar uma mentira contra o amianto crisotila, na crença de que repetindo-a indefinidamente, e por todos os meios, tornar-se-á uma verdade. Esse lobby não reconhece a evolução tecnológica e os mais de 30 anos de investimentos das empresas brasileiras na promoção de saúde e segurança dos trabalhadores da atividade. Da mesma forma, não aceita uma competição saudável nem admite ceder ao fato de que os produtos sintéticos, além de mais caros, são de qualidade inferior ao fibrocimento com amianto crisotila – algo que o consumidor brasileiro, ao longo de sete décadas de uso, sabe distinguir muito bem.
Resta informar que o Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC) reúne as empresas de fibrocimento, representantes dos trabalhadores e do governo, sendo, portanto, legítima porta-voz do setor e para o qual desenvolve ações com vistas à saúde e segurança de todos envolvidos no processo produtivo do amianto crisotila.
O IBC está de portas abertas para qualquer pessoa que queira conhecer a atual realidade do amianto.
Atenciosamente,
Marina Júlia de Aquino
Presidente do Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC)
Fonte:|http://www.adjorisc.com.br/jornais/obarrigaverde/a-guerra-suja-inte...

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