Conforme o FATshion anunciou, o Centro de Eventos São Luís, em São Paulo, foi palco de mais uma edição do desfile Mulheres Reais, no início do mês. O evento apresentou looks da coleção outono/inverno das grifes Special Size, Officio Jeans, Ellouva, Luhfi e Lenner. A passarela foi ocupada por modelos dos mais variados manequins: desde o 36 até o 52. O objetivo foi mostrar que a moda está acessível às mulheres de todos os biotipos. “Quem veste numeração maior não se identifica com as peças mostradas nas vitrines, nos editoriais e nos desfiles convencionais. O Mulheres Reais quer provar que, mesmo com alguns quilos a mais, a mulher pode ficar elegante e sensual”, afirmou o produtor do evento, Adilton Amaral.
Modelo magra e Plus Size com a moda festa da Ellouva (Fotos: Divulgação)
O desfile faz parte do Projeto Mulheres Reais, criado no início de 2009 para estimular a autoestima das mulheres através da moda. Especialmente daquelas que até bem pouco tempo eram completamente ignoradas pelo universo fashion. Hoje, o mercado Plus Size (a partir do manequim 44) atrai até as etiquetas exclusivas das lojas de departamento. Alguns estilistas consagrados, como Marc Jacobs, já declararam que pretendem produzir peças com numeração maior. Num país como o Brasil, onde a maioria das mulheres não é magra, as grifes que investem no G e no GG conquistam cada vez mais clientes. “Antes, as roupas para as mulheres maiores eram feitas para escondê-las. Agora as grifes investem muito em design e qualidade, pois este perfil de mulher está cada vez mais exigente e mais consumista”, conclui Amaral.
Pela primeira vez, eu assisti a um desfile de moda Plus Size. Depois de participar dos castings do MRFS (Mulheres Reais Fashion Show) e FWPS (Fashion Weekend Plus Size), fui informada que o segundo pedia exclusividade das modelos durante 30 dias. Sendo assim, optei por assistir ao desfile do Mulheres Reais, no Hotel Golden Tulip Belas Artes, na região dos Jardins, na tarde desta terça-feira (8).
Foi inusitado ver as amigas na passarela. No final do desfile, onde seis grifes apresentaram coleções de meia-estação ou inverno, elas vieram me perguntar: “E aí, como eu fui? O que achou?”. Achei que elas deram um show!
Amanda Franco e Alessandra Linder nos bastidores do MRFS (Foto: Trícia Vieira/FotoArena)
Já assisti a muitos desfiles de SPFW (São Paulo Fashion Week) e o jeito de andar das modelos me chama muita atenção. Uma cruza um pouco mais a perna do que a outra, outras dão pulinhos (risos)… Mas o diferencial delas está mesmo na parada diante do PIT, quando quebram o quadril e encaram as lentes, mostrando-se sérias, metidas ou sexies.
A imprensa, que compareceu em peso ao evento, conferiu os processos de cabelo e maquiagem das modelos (Foto: Trícia Vieira/FotoArena)
As gordinhas estão quase sempre sorrindo. O intuito é exibir saúde e cumprir com a missão de informar que quem está acima do peso também pode andar na moda. Por isso, a passarela se ilumina a partir de seus primeiros passos.
Modelos Plus Size: o sorriso está sempre estampado no rosto (Foto: Trícia Vieira/FotoArena)
Em desfile de moda GG não existe cabide na passarela. A modelo Plus Size chama tanta atenção quanto a roupa. Cheguei até a ficar dividida! (risos) Eu queria olhar para a boca, para os olhos, para os cabelos, para os pés, para o quadril, para os braços e, claro, para a roupa. Tem sorriso largo e discreto, olhares seguros e tímidos, pés firmes e delicados, silhuetas das mais diversas…
Modelo confere detalhes como o brinco antes de entrar na passarela (Foto: Trícia Vieira/FotoArena)
E as roupas? Vamos conferir. A primeira marca a apresentar suas peças foi a Mania Brasil:
Moda casual: legging com camisetão, jeans justinho com camisa, vestidos confortáveis e macacão. Ótimas para ir ao cinema, buscar o filho na escola ou visitar a casa de uma amiga. Cores básicas, nada que chame muito a atenção. Aquilo que toda gordinha tem que ter no guarda-roupa.
Majotex:
No inverno, que tal arrasar com uma legging, um casaco ou camisa e salto alto? É uma boa pedida para ir ao trabalho, por exemplo. Você se veste bem e de maneira confortável.
Catarina Park:
Moda festa para tamanhos convencionais e grandes. Um vestido mais lindo que o outro. Muito paetê, estampas de flores e dourado.
Grupo Fashion:
“Temos preço acessível e somos especializados em modinha”. Foi assim que a estilista Marília Liberal descreveu a grife, que já tem sete lojas na região do Brás, em São Paulo. “Fazemos os tamanhos P, M, G e GG, além de trabalhar com os manequins do 46 ao 52. E estamos nos preparando para fazer o 54 também, já que estamos em fase de expansão da empresa”, contou ela, que apresentou na passarela blusinhas trabalhadas na renda, muita malha, cores vivas, vestido com decote de nadador nas costas e estampa de oncinha.
GG Sexy Lingerie:
Lingeries fio dental, espartilhos e fantasias para animar os bofes (risos). Pijaminha, muita calcinha de cintura alta, renda e estampa de oncinha.
VUT’S:
Com tecidos naturais e peças inspiradas na literatura de cordel, a grife da Sarah Vutano deixou todos com o queixo caído. “Minhas peças têm pregas e babados e foram criadas em cima de um estudo. É difícil encontrar uma roupa que caia bem em corpos distintos, então me especializei em moda para tamanhos grandes e estou montando uma equipe para produzir em larga escala. Por enquanto, quem fez as peças fui eu e uma amiga”, disse ela ao FATshion.
Por fim, Monica Casareggio, uma das organizadoras do evento, contou que esta quarta edição do Mulheres Reais Fashion Show evoluiu. “Muitas das modelos têm participado do nosso workshop, por isso encararam a passarela de uma forma diferente hoje”. Monica é consultora de moda e fotógrafa e tem recebido modelos Plus Size em seu estúdio para dar dicas de como se vestir, como desfilar e como se comportar durante uma sessão de fotos.
Fonte:|colunistas.ig.com.br/fatshion|
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2025 Criado por Textile Industry. Ativado por
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI