No início do mês, Fortaleza pôde assistir ao maior evento de moda do Nordeste, o Dragão Fashion, que completa em 2013 seus 15 anos de existência. Idealizado por Claudio Silveira, o nome do evento homenageia o herói cearense “dragão do mar” Chico da Matilde, que, no século XIX, ajudou a interceptar o comércio negreiro em Fortaleza.
O evento mostra grandes marcas do Ceará e de outras regiões, além de dar grande visibilidade para estudantes e novos talentos. Blue Man, Mario Queiroz e, claro, Lino Villaventura - que é cearense-, desfilaram suas coleções.
O setor têxtil e de confecção é crucial para a economia do Ceará. Em 2008, 27% da mão de obra do estado estava empregada nesta área, sendo que 16% do PIB estavam provinha dela, produzido por cerca de 2600 confecções e 50 indústrias de fiação, malharia e têxtil. Incentivos fiscais, praticados pelo governo desde o final dos anos 1980 para fomentar o setor industrial do Ceará, proporcionaram esse crescimento. A mão de obra desqualificada também, e um dos motivos da ida de indústrias têxteis ao Nordeste é a mão de obra mais barata que em outras regiões.
Produtor, por tradição, da renda de bilros, o Ceará também é fonte para se desenvolver uma economia baseada no artesanato, ainda economicamente engatinhando no Brasil.
O Ceará também figura como um grande exportador, crescendo sua demanda para, quem diria, a África. Fortaleza é um dos principais destinos no Brasil (além de Rio e São Paulo) para as “sacoleiras” de Moçambique Angola e, principalmente, de Cabo Verde, dada a proximidade geográfica. Elas vendem o produto de moda brasileiro como uma grife em seus países.
Vivian Berto
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