Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fonte:|recantodasletras.uol.com.br|

A celebração do Natal teve início com um antigo festival mesopotâmico que simbolizava a passagem de um ano para outro. Ritual semelhante era realizado pelos persas e babilônicos.

No hemisfério norte, o solstício de inverno ocorre entre os dias 21 e 22 de dezembro, quando o sol atinge seu afastamento máximo da linha do Equador, fazendo com que as noites se tornem mais longas e marcando o início do inverno. Os mitraístas estabeleceram o dia 25 de dezembro como a data do Natalis Solis Invicti, ou o Nascimento do Sol Invencível. Esta festividade pagã envolvia a decoração de árvores com luzes (velas) e a troca de presentes.

Mais tarde, o costume alcançou os romanos que promoviam duas grandes festas pagãs: a primeira, as saturnais, em homenagem a Saturno, começava a 17 de dezembro, estendendo-se até 1º de janeiro, e a segunda, as calendas, que saudavam a chegada do ano novo.

Somente após a cristianização do Império Romano, o dia 25 de dezembro passou a ter o significado atual de comemoração do natalício de Jesus. A maior parte dos historiadores afirma que o primeiro Natal, como hoje é conhecido, foi celebrado no ano de 336 d.C. e oficializado no Concílio de Nicéia no ano de 440 d.C.. O fato é que, naquela época, a Igreja Católica proibia os cristãos de participarem das festas pagãs. A igreja, porém, sofrendo pressões do Império Romano, a partir daquele ano adotou essas comemorações pagãs, fazendo com que passassem a fazer parte do calendário cristão.

Neste sentido, o ensinamento de Mário Righetti, notável teólogo católico:

“...a Igreja de Roma, para facilitar a aceitação da fé pelas massas pagãs, achou conveniente insti-tuir o 25 de dezembro como a festa do nascimento temporal de Cristo, para desviá-las da festa pagã, a Natalis Solis Invicti, celebrada no mesmo dia.”

A Nova Enciclopédia Católica reconhece: ”A data do nascimento de Cristo não é conhecida. Os evangelhos não indicam nem o dia nem o mês”. A seu turno, a revista católica americana U. S. Catholic diz: “É impossível separar o Natal de suas origens pagãs.”

E agora, uma pergunta: Qual o verdadeiro significado do Natal? Cada um interpreta as comemorações natalinas de acordo com sua cultura, sua filosofia de vida.

De minha parte, entendo o Natal como a comemoração da paz, da harmonia, da fraternidade. Afinal, foi esta a mensagem de Cristo: ”Amai-vos uns aos outros, como a si mesmo”. Assim, em especial na época do Natal, devemos efetuar uma profunda reflexão a respeito de nossa vida, de nossas relações pessoais, de nossa auto-estima. Precisamos rever nossos valores e prioridades, e descobrir o verdadeiro rumo que estamos dando à nossa existência.

Certamente, o clima de festa, de alegria, de confraternização deve existir. As comemorações são pertinentes e necessárias, a troca de presentes é salutar. Mas, em primeiro lugar, é preciso compreender a essência do Natal, a verdadeira essência da mensagem de Cristo. E viver esta essência, no dia-a-dia. Caso contrário, as festividades terão um cunho essencialmente pagão, materialista, consumista.

Tradições Natalinas

A Árvore de Natal. Existem várias versões a respeito da sua origem. No entanto, a maioria afirma que foi na Alemanha que surgiu a primeira árvore de Natal. Segundo consta, teria sido Martinho Lutero, ex-padre e reformador protestante do século XVI, quem teve a idéia de enfeitar com velas um pinheiro em sua casa, para que as crianças pudessem imaginar como estaria o céu na noite do nascimento de Jesus.

O Presépio. O primeiro presépio foi idealizado por São Francisco de Assis, na véspera do Natal de 1223, no povoado de Grécio, Itália. Ele providenciou que fosse preparado um presépio vivo, composto de pessoas, palhas, uma manjedoura, um boi e um jumento. O seu propósito, ao realizar tal teatralização, foi o de fazer com que as pessoas contemplassem as condições em que o menino Jesus havia nascido.

Os Reis Magos. Baltazar, Gaspar e Melquior foram os três reis magos que chegaram na noite do nascimento de Cristo, vindos do Oriente. Trouxeram oferendas de ouro, mirra e incenso para o menino Jesus. O ouro significava o poder de reinar sobre os homens. A mirra, usada na medicina da época, simbolizava a humanidade de Jesus. O incenso significava a divindade. Assim, os três presentes anuncia-vam que Jesus era, a um só tempo, rei, homem e divindade.

Troca de presentes. O costume de realizar-se troca de presentes teve origem na Antiga Roma. Inicialmente, os romanos presenteavam uns aos outros com os galhos de uma árvore considerada sagrada. Mais tarde, passaram a fazer uso de itens cada vez mais sofisticados, como ouro, prata e ali-mentos preparados com mel – que simbolizavam votos de felicidade para o ano novo.

Papai Noel. O primeiro Papai Noel foi o Bispo Nicolau, que viveu em Myra, Turquia, por volta do ano 400. Ele distribuía doces e brinquedos para as crianças. Vários milagres lhe foram atribuídos. Assim, mais tarde, ele foi canonizado como São Nicolau, padroeiro da Rússia. Nos Estados Unidos, seu mito ganhou força graças ao cartunista Thomas Nast, que publicou seu desenho pela primeira vez na revista Christmas Supplement, em 31 de dezembro de 1870.

Do livro do autor "A Arte de Viver"
Ramiro Sápiras

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