Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Fonte:|portugaltextil.com|

O vestuário destinado aos adolescentes era frequentemente considerado um sector imune à recessão nos EUA, mas com o elevado nível de desemprego e a menor
disponibilidade de dinheiro por parte dos pais as despesas vão ser mais
limitadas, antecipando um regresso às aulas menos abonado.

Sendo tradicionalmente considerados como um barómetro do início da época de vendas do regresso à aulas, os retalhistas especializados nos adolescentes estão
a ser vigiados de perto em busca dos primeiros sinais do que o mercado pode
esperar, à medida que se aproxima este importante período de vendas.

As notícias até ao momento não são encorajadoras, embora a pesquisa também sugira que a estação ainda não está perdida, com diversos clientes a deixarem as
suas compras para o último minuto.

As vendas de vestuário para adolescentes eram vistas como sendo “à prova de recessão”, porque estes clientes tinham menos probabilidade de ser afectados
pela crise imobiliária, crise do crédito, insegurança do trabalho e aumento nos
preços dos alimentos e dos combustíveis. Mas o elevado nível de desemprego
adolescente e a menor disponibilidade de dinheiro por parte dos pais vão
certamente limitar as despesas.

Com efeito, enquanto o crescimento do retalho em geral nos EUA, parece estar a estabilizar, as vendas no retalho para adolescentes figuraram entre as mais
apáticas durante o mês de Julho à medida que as preocupações económicas e com o
desemprego continuam a pesar na confiança dos consumidores.

Retalhistas como Aeropostale e American Eagle Outfitters cortaram as suas previsões, enquanto as vendas no mesmo número de lojas registaram quebras de
9,3% na Buckle, 9% na Hot Topic e 4% na Wet Seal. Dito isto, duas outras cadeias
de vestuário para adolescentes, a Zumiez e a Abercrombie & Fitch, registaram
vendas melhores do que o esperado.

Os preços estão a cair, conforme revelou uma pesquisa da Brean Murray Carret & Co. O preço médio unitário de retalho na Abercrombie & Fitch caiu 18%
para os 40,50 dólares, evidenciando uma queda de 43% desde o pico de 70,73
dólares em Novembro de 2009. Nos dez retalhistas para adolescentes pesquisados,
os preços caíram 4,4% em Junho para os 25,21 dólares, ficando 24% abaixo do pico
registado em Novembro passado, cifrado nos 33,14 dólares.

É certo que a pesquisa foi realizada quando os retalhistas estavam a tentar escoar os inventários de Verão e a preparar o espaço para a estação de regresso
às aulas, mas a queda dos preços parece fazer parte de uma tendência de longo
prazo. Esta situação resulta ainda de um optimismo excessivo por parte dos
retalhistas de vestuário para adolescentes, que no início do ano optaram por
stocks mais volumosos.

Muitos retalhistas têm recorrido a outras estratégias para tentar alavancar a época. A American Eagle Outfitters, por exemplo, utilizou como chamariz a oferta
de um telemóvel aos consumidores que experimentassem um par de jeans nas suas
lojas.

«Os pais e os adolescentes parecem estar a adiar as suas compras de regresso às aulas na esperança de cortes mais drásticos nos preços», afirmou Marshal
Cohen, analista chefe da indústria, no The NPD Group. Em tom mais optimista, a
investigação de regresso às aulas pelo NPD também sugere que os compradores
planeiam gastar menos dinheiro e fazer compras num maior número de lojas este
ano, mantendo a sua procura por valor.

As cadeias de retalho especializadas nos adolescentes também enfrentam a concorrência dos retalhistas de lojas de departamentos, como JCPenney e Macy's,
bem como das cadeias de fast-fashion, como Forever 21 e H&M. A Macy's acaba
de lançar a sua nova linha de moda Material Girl, criada pela cantora Madonna e
a sua filha Lourdes, ao passo que a JC Penney apresentou uma linha chamada
Supergirl by Nastia, que junta a atleta olímpica Nastia Liukin e a heroína de
banda desenhada Supergirl.

«Este ano é tudo uma questão de liberdade dentro do orçamento. As crianças são mais propensas a ter a liberdade de dizer em que lojas vão fazer as compras,
mas os seus pais vão mantê-las dentro do orçamento», concluiu
Cohen.




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