LONDRES (Reuters) - Uma queda dramática no euro criou uma oportunidade para que fabricantes europeus aproveitem custos baratos de produção nas bases a partir das quais elas fornecem produtos aos mercados mundiais.
No entanto, após meses de fortes variações no câmbio, muitas destas companhias estão ao mesmo tempo retrabalhando as estratégias na esperança de que quando chegar a próxima mudança cambial elas estejam operando em mercados locais mais diversos ao redor do mundo.
A sueca Volvo Cars é uma destas firmas abraçando a regionalização. A empresa anunciou no mês passado planos para construir uma fábrica de 500 milhões de dólares nos Estados Unidos, olhando para além da força atual do dólar para montar uma proteção de longo prazo.
"Estamos eliminando flutuações cambiais de curto prazo, que nunca são boas para o compromisso de longo prazo com consumidores em diferentes regiões, e estamos criando um hedge natural", explicou o presidente-executivo da Volvo, Hakan Samuelsson.
"Hedge natural" ocorre quando a estrutura de uma empresa a protege da volatilidade cambial, como quando fornecedores, fábricas e consumidores operam com a mesma moeda.
Esse tipo de modelo é comum para fabricantes de alimentos e bebidas perecíveis que precisam de bases de produção próximas aos endereços de entrega, mas é menos usual para fabricantes de bens mais duráveis como automóveis, eletrônicos ou roupas que normalmente priorizam custo de trabalho barato e economias de escala --a menos até recentemente.
A varejista britânica de moda online Asos, que foi prejudicada pela libra forte, disse neste mês que decidiu começar a adquirir produtos destinados à zona do euro em euros e roupas para os EUA em dólares.
A busca de fornecimento local tem outros benefícios, especialmente em mercados emergentes como a África, onde o uso de fornecedores locais pode fomentar o desenvolvimento econômico, e o poder de compra, das comunidades nas quais as fabricantes operam.
FONTE: http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN0MX0NQ20150406
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