Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Agora é oficial, China supera Japão como 2ª economia do mundo

O Japão passou para o posto de terceira maior economia mundial diante da confirmação de que seu PIB foi inferior ao da China, atingindo US$ 5,47 trilhões frente aos US$ 6 trilhões anunciados por Pequim em 20 de janeiro
Por Agência EFE
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O Japão foi relegado em 2010 à terceira economia mundial diante da insaciável fome do dragão chinês, uma mudança de era para um país que desde 1968 só era superado pelos Estados Unidos com relação ao tamanho de seu Produto Interno Bruto (PIB).

Nesta segunda-feira (14/02), o Governo japonês confirmou que em 2010 o valor nominal de seu PIB foi inferior ao da China. O país obteve US$ 5,47 trilhões frente aos US$ 6 trilhões anunciados por Pequim em 20 de janeiro, quando divulgou crescimento de mais de 10%.

A crise que o Japão não consegue superar há 20 anos, com lentas taxas de atividade econômica, persistente deflação e um sério problema demográfico, contrasta com o forte crescimento da China, impulsionado pela exportação e apetite de consumo.

Em 2010, a economia japonesa cresceu 3,9% em termos reais em seu primeiro avanço em três anos, após ter contraído 6,3% em 2009 a causa do impacto da crise econômica mundial.

Enquanto isso, o PIB da China subiu 9,2 % em 2009 e 10,3 % no ano seguinte, e se seguir assim, nos próximos 20 anos poderia superar os Estados Unidos como primeira potência mundial, segundo vários estudos.

As duas potências asiáticas, no entanto, seguem longe quando o assunto é distribuição de renda per capita, pois o Japão, um dos países mais ricos do mundo, é dez vezes superior a da China, US$ 42,4 mil frente aos US$ 4,4 mil pagos aos chineses.

"Não lutamos para sermos os primeiros, mas por melhorar o bem-estar da população. A partir desse ponto de vista, ficamos felizes pelo avanço da China como país vizinho", garantiu nesta segunda o ministro de Política Econômica, Kaoru Yosano.

O Executivo japonês tem maiores preocupações, como enfrentar uma dívida pública que em 2010 duplicou seu PIB (mais de US$ 11 trilhões) e o acelerado envelhecimento da população, com seu conseguinte impacto nas contas da seguridade social.

Com 23% de seus 127 milhões de habitantes maiores de 65 anos, Japão é hoje em dia o país que envelhece mais rapidamente do mundo, o que complica o Governo do primeiro-ministro, Naoto Kan, a tarefa de endireitar as finanças públicas.

Além disso, o escritório japonês do Gabinete informou nesta segunda que entre outubro e dezembro o PIB japonês contraiu-se 1,1% na taxa anualizada, pela primeira vez desde julho-setembro de 2009, e que caiu 0,3 % com relação ao trimestre anterior.

Yosano considerou temporária a contração e augurou que a atividade econômica voltará a ser positiva no Japão no atual trimestre, último do ano fiscal que conclui em março.

"O Banco do Japão e o Governo compartilhamos a mesma visão, que a economia atravessa uma detenção brusca, mas que em breve terá alta", revelou o ministro, citado pela agência local "Kyodo".

A contração do Japão entre outubro e dezembro foi consequência do retrocesso de 0,7% no consumo privado, que representa 60% do PIB, e o corte de outros 0,07% nas exportações, um dos motores econômicos do país.

As perspectivas para o atual trimestre são melhores, com pesos pesados como Toyota, Sony e Nissan revisando para cima suas perspectivas anuais de lucro pela recuperação na Ásia e outras regiões, apesar da força do iene afetar suas vendas.

A Bolsa de Tóquio, que há muito tempo indicava que o Japão perderia o título de segunda economia mundial, ignorou nesta segunda o dado oficial do PIB e fechou em alta de 1,13%, graças a ligeira depreciação da divisa japonesa.

 

FONTE:  EFE

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