Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Algodão caro paralisa a indústria têxtil do País



 



São Paulo. Ao mesmo tempo em que anima produtores, a alta histórica no preço do algodão está gerando uma crise em polos têxteis do País e ameaça empresas centenárias.

A situação mais grave é em Brusque (SC), cidade tida como berço do setor em Santa Catarina. Com dificuldade na compra da matéria-prima, a Schlösser, fundada em 1911, colocou 450 trabalhadores em licença remunerada e paralisou as atividades. O problema atinge outras regiões, como São Paulo, Ceará e Minas Gerais.

O presidente do Sindicato da Indústria Têxtil do Ceará (Sinditêxtil/CE), Ivan Bezerra Filho, já havia lamentado a alta do algodão. "É um insumo que nos preocupa, porque em um ano teve uma alta expressiva de 300% no seu preço", afirmou em janeiro passado. Procurado ontem pela reportagem, ele não foi localizado.

Outras indústrias, como a Buettner e a Renaux, planejam a redução de setores e parcelam o pagamento dos funcionários. "Nunca passamos por uma crise como essa´´, conta o diretor-presidente da Buettner, João Henrique Marchewsky. Segundo ele, há dificuldade em repassar os preços para o varejo.

Em Americana (SP), um dos principais polos de tecido nacional, há ao menos 60 teares parados nas fábricas, segundo o sindicato local. As empresas reduziram seus turnos de trabalho de 20 para 16 horas.

O aumento dos preços do algodão começou em outubro de 2009 -época em que o mercado mundial começou a sinalizar a ausência de estoques do produto - e se tornou mais visível a partir de agosto passado. Desde então, os recordes são praticamente diários.

 

FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=931327

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Comentário de Edson Machado da Silva em 10 fevereiro 2011 às 14:26

Quanto a colocação do Sr. Valter, eu concordo sim que existem no Brasil muitas empresas sucateadas por conta da má administração do negócio que, na maioria das vezes, são empresas do século passado e, nesse caso, falo não somente de empresas têxteis, que cresceram abundantemente no primeiro ciclo produtivo brasileiro, onde o mercado era fechado e a concorrência muito pequena. Aqui na região de Americana, e já voltando para o setor têxtil, conheço inúmeras empresas têxteis que existiram no século passado e, antes mesmo de adentrarmos no século XXI, já não exisitiam mais (essas empresas listei-a-as no post do Sr. Luis Bento referente às empresas têxteis que não existem mais)  . Na sua grande maioria, e com poucas excessões, foram empresas familiares que viraram cabides de empregos para os filhos, genros, netos, etc...que, asssim como o Sr. Valter informa, não fizeram nenhum investimento para que a mesma perpetuasse ao longo do tempo. Os donos sangraram a coitada da empresa no que puderam, ou seja, desviavam todo o lucro delas para comprarem fazendas, gados, casas de praia, iates, etc (patrões ricos e empresas pobres) e, quando precisaram mostrar sua força, não tiveram nem maquinários modernos que fizéssem mais com menos, nem competência administrativa para concorrer com empresas novas, com maquinários avançados, e, consequentemente mais enxutas. Nisso eu concordo plenamente com o Sr. Valter.

Porém, creio também que não seria bem a palavra pretexto à ser colocado nesta questão e, sim, como o Sr. Luiz Bento coloca, mais um agravante para que, definitivamente, essas empresas passem a não existir mais. Não desejo mal a ninguém, mas creio que isso é, sem dúvida, um prêmio para aqueles que buscam, à todo o custo, administrar com competência, dignidade e honestidade (quando falo em honestidade, penso que um empresário que possui o "vício" de atrasar salários de funcionários, de maneira nenhuma está sendo honesto).

Por outro lado, industria nenhuma conse

Comentário de luis carlos em 10 fevereiro 2011 às 14:13
olha existe muita especulaçao no mercado eu particularmente nao acredito em reduçao forte dos preços,pois muita coisa ainda pode acontecer em dois meses.importante neste momento de fazer compras com muita cautela pois estamos tendo que trabalhar a cada dia diferente, com noticias que de uma hora pra outra muda tudo . Esta bem dificil
Comentário de Tadeu Bastos Gonçalves em 10 fevereiro 2011 às 13:59

Olá Fabrício.

Realmente a tomada de decisão está difícil. Tenho um cliente (vestuário) que está comprado em fio para toda a coleção inverno, aliás, já em fins de produção das malhas. Estava projetando a necessidade para o verão, com o objetivo de comprar tudo agora, preocupado não só com a alta, mas também com possível escasses de fio em futuro breve. Recebeu, porém, informações de que no máximo em dois meses, os preços entrarão em declínio.

Pergunto a você e a todos que estejam nos lendo: É possível isto? Vale a pena esperar para aguardar a redução dos preços? Podem nos ajudar com subsídios e opiniões?

Comentário de Valter Schlindwein em 10 fevereiro 2011 às 13:00

Sr. Luiz Bento Pereira. Com muito prazer que falo com o sr.

Muitas das empresas do Vale do Itajaí já não pagam seus funcionários em dia fazem anos, ou atrazam um, dois meses, no terceiro voltam a pagar no dia certo e depois voltam a repetir a mesma coisa, e repito, fazem anos que isso ocorre. Sem falar em pagametos de tributos, energia eletrica ( é refins do refins do refins). Sem contar que fazem dinheiro em Factoring, estão roendo a propria corda que os mantem ligado ao mundo produtivo, a concorrência. Como o sr. falou, todos nós estamos correndo o risco de passarmos por dificuldades, por isso temos que ficar atentos a tudo que acontece ao nosso redor e nada mais salutar que poder trocar idéias e experiências com pessoas que lidam diretamente com o setor têxtil.

Foi um prazer em falar com o sr.

 

Um abraço, Valter.

Comentário de Valter Schlindwein em 10 fevereiro 2011 às 10:03

Vamos analizar por outra otica. Muitas empresas da região do Vale do Itajaí e de outra regiões também, estão passando por dificuldades a varios anos, mas vinham se mantendo as duras penas. Será que não é pretexto essa alta do algodão para camuflar fabricas sucateadas, mal administradas e inchadas, com um custo fixo elevadissimo que muitas vezes á tormam inviáveis. Tem empresas que conheco bem e que a anos não investe em tecnologia, em pessoal, em marketing e outras ferramentas de trabalho para tormarem suas empresas enxutas e produtivas.  Um abraço a todos.

Comentário de Edson Machado da Silva em 10 fevereiro 2011 às 8:49

Quanto às informações do Pólo Têxtil de Americana/SP, creio que o editor errou na digitação, ou seja, creio que ele queria ter digitado 600 teares parados, e não 60, pois sou de Americana/SP e atuo no setor têxtil há 11 anos. Só uma industria muito conhecida no mercado têxtil, deixou de enviar serviços de industrialização para 4 empresas de Americana, o que perfaz, em média, uma produção de 100 teares, por falta do algodão.
Quanto ao reflexo que está ocorrendo no Ceará, pela falta da commoditie, não creio que seja pela falta do produto no mercado local, mas pela falta do produto em escala mundial, pois há muito tempo que reduzimos nossos negócios no Ceará (falando de Americana) em patamares de 80%, face a valorização da moeda nacional e a abrtura de mercado para os tigres asiáticos.

 

Abraços à todos!

Comentário de luis carlos em 10 fevereiro 2011 às 8:17
sem duvidas temos que ver como vai ficar ate acolheita em junho muita coisa vai acontecer
Comentário de Massaru Aragão em 10 fevereiro 2011 às 8:14
Nossa maior preocupação, é a dificuldade que nossos clientes estão tendo em não conseguir repassar o aumento e assumir o prejuízo............ vamos torcer para o mercado reagir de forma positiva ....
Comentário de Fabrício Leite em 10 fevereiro 2011 às 8:02

Este problema ocorre no Brasil todo! Aqui em São Paulo não é diferente

Negócios por exemplo no fio 30/1 PEN sairam até a faixa de R$13,50 o kilo. Hoje o pessoal pedindo R$15,50, R$16,00 não se fecha mais nada!

Estão todos no osso! O varejo não aceita aumentos! Não tem o que fazer a não ser liquidar as pontas esperando dias melhores...

Comentário de Massaru Aragão em 10 fevereiro 2011 às 7:53

Realmente esta muito complicada a situação de Brusque e região.....

Além dos altos preços, a qualidade do produto esta muito ruim !

 

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