Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Algodão, linho e seda em alta nas passarelas do SPFW | Valor online |

As fibras naturais prometem continuar em alta no verão. Boa parte dos estilistas que mostraram suas coleções no São Paulo Fashion Week (SPFW), que termina hoje, no Pavilhão da Bienal, aderiu a bases de algodão, linho e seda. "Além do conforto, a vantagem da fibra natural é que há uma boa oferta de produtos nacionais e importados de qualidade", diz a estilista Raquel Davidowicz, da grife UMA, que apresentou uma coleção praticamente inteira com fibras naturais. "Acredito que as pessoas estão buscando conforto e roupas que permitem a transpiração."

Outra que optou pelos naturais foi a estilista Sara Kawasaki, da Huis Clos, com peças em georgette de seda, crepe de chine e organza de seda. Entre as novidades, Sara mostrou vestidos feitos de cupro, tecido de celulose semelhante à viscose. Valdemar Iódice também optou pelas fibras naturais em sua coleção inspirada nas pérolas. Ele elegeu o georgette de seda, o jérsei de algodão, o cetim de seda e o couro de antílope como bases principais das criações. "Só usei tecidos nacionais", disse.

Para a estilista Francisca Vieira, da grife feminina homônima, de João Pessoa, mais do que usar fibras naturais, a moda está começando a acordar para um produto mais ecológico: o algodão que já nasce colorido. Desenvolvido pela Embrapa da Paraíba, esse tipo de algodão não precisa de tingimento, o que reduz os custos de fabricação e evita a contaminação do ambiente com produtos tóxicos. Há, no entanto, limitação de cores, que vão do bege ao marrom.

Francisca foi uma das primeiras a utilizar o produto e hoje coordena o grupo Algodão Colorido Natural, que reúne quase 100 empresas, sobretudo da Paraíba e de Pernambuco, entre fiações, tecelagens e confecções, além de agricultores e artesãos. "Há empresas de todos os segmentos de moda: feminina, masculina e infantil, além de acessórios", diz ela.

Recentemente, o grupo passou a integrar o projeto Texbrasil, programa de auxílio à exportação realizado pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) em parceria com a Apex Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. "Já temos dez empresas aprovadas pelo projeto para exportar seus produtos, que foram apresentados em feiras internacionais", conta Francisca. Os produtos do grupo Algodão Colorido já são vendidos para França, Inglaterra, Suíça, Espanha, Japão e Portugal. (VB)

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