Fonte:|.sonoticias.com.br|
Apesar da falta de produto no mercado brasileiro, situação avaliada como
um evento pontual, os produtores de algodão querem ampliar o consumo da
fibra no país. De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro do
Algodão (IBA) e da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão
(Abrapa), Haroldo Cunha, há 5 anos, o algodão representava 55% ou mais
do consumo da indústria têxtil brasileira, na comparação com outras
fibras.
"Hoje está mais para 50% ou menos". A competição da fibra sintética com o
algodão no mundo é ainda mais forte. "O algodão não responde nem a 40%
da indústria têxtil mundial", diz Cunha, que não soube estimar, no
entanto, de quanto pode ser o crescimento das vendas. Por isso, o setor
lançará uma campanha no próximo ano para incentivar o uso do produto.
Além de um logotipo (que parece a letra "a" estilizada em formas de fios
e que também remete ao símbolo @, de "arroba"), a marca também estará
associada ao IBA e à Abrapa.
A ideia é licenciar a marca para uso pela indústria têxtil, de forma a
valorizar a matéria-prima natural. Para o presidente da Abrapa, a
intenção de começar uma campanha no próximo ano para incentivar o uso do
algodão não é conflitante com o momento de escassez de produto. Há 2
meses, o governo brasileiro liberou a importação de até 250 mil
toneladas de algodão sem a cobrança de impostos justamente por conta da
conjunção da diminuição da área plantada com o aumento da venda futura
para o exterior. "A estratégia não é pontual. As ações começam em 2011
para reverter tendência de queda do consumo do algodão". O presidente do
IBA atribuiu a atual escassez do produto no mercado interno a um
desdobramento da crise financeira internacional.
De acordo com ele, em um primeiro momento o consumo do produto desabou e, consequentemente, a plantação diminuiu.
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