A oferta de cartões de crédito com marca própria é uma prática de muitos anos de grandes varejistas no Brasil, como Casas Bahia, da Via (VIIA3), Magazine Luiza (MGLU3), Carrefour Brasil/Atacadão (CRFB3), entre outros, que utilizam o meio de pagamento para fidelizar clientes. Há empresas que vão além, como o Mercado Livre (MELI), que criou sua própria fintech, o Mercado Pago.
Questionada pela Bloomberg Línea, a Amazon disse em comunicado que “está sempre em busca de oportunidades para aprimorar a experiência de compra dos no Brasil”. A empresa disse ainda que está satisfeita em “apresentar gradativamente os cartões de crédito Amazon Prime e Amazon.com.br” e que deve compartilhar mais detalhes nas próximas semanas.
Segundo as informações do site da Amazon no país, os cartões não terão taxas de anuidade e oferecerão 3% do valor gasto de volta em pontos em compras – o cashback – no site da varejista online no Brasil. Os cartões também vão oferecer 2% do valor de volta em restaurantes, farmácias, entretenimento, viagens e compras internacionais. Novamente, é um benefício que concorrentes no país já oferecem.
A Amazon diz ainda que seu cartão vai oferecer 1% do valor gasto de volta em outros estabelecimentos, como postos de gasolina, além de parcelamentos em até 15 vezes sem juros.
Outras big techs
A aproximação do mundo das big tech e o das finanças tem sido cada vez mais comum. Recentemente a Apple (AAPL), lançou, em parceria com o Goldman Sachs (GS), uma conta poupança para os usuários de seu cartão de crédito. Mas, segundo a Bloomberg News, a Apple tem preparado o terreno para depender menos de parceiros para seus serviços financeiros.
O Wall Street Journal informou recentemente que o Goldman Sachs considera encerrar sua parceria com a Apple e que o banco estaria em negociações com a American Express para que assuma o cartão de crédito da empresa conhecida pelo iPhone e outros serviços que ofereceriam em conjunto.
Ao mesmo tempo, na América Latina, outra big tech, a Meta (META), tem crescido como meio de pagamento de consumidores a pequenas e médias empresas, por meio de soluções como o WhatsApp.
Para além dos serviços financeiros, a diversificação de negócios da Amazon pode chegar à telefonia. Segundo a Bloomberg News noticiou em maio, a big tech também teve negociações com operadoras sobre a oferta de serviço de telefonia móvel de baixo custo ou possivelmente gratuito para assinantes Prime nos Estados Unidos, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
A empresa negociava com a Verizon Communications, a T-Mobile e a Dish Network para obter os preços de atacado mais baixos possíveis, o que permitiria que a big tech oferecesse planos wireless aos membros Prime por US$ 10 por mês ou possivelmente de graça e reforçasse a fidelidade entre seus clientes que mais gastam, disseram as pessoas ouvidas pela Bloomberg News que pediram anonimato.
– Com informações da Bloomberg News.
Fonte: Bloomberg Linea
Por Isabela Fleischmann
https://sbvc.com.br/amazon-tera-cartao-de-credito-proprio-no-brasil...
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