Por Ana Carolina Soares
Dia desses, escrevi sobre “365 DNI”, o genérico polonês de “Cinquenta Tons de Cinza”, uma das maiores audiências da Netflix nesse complexo 2020. Fiquei então curiosa para espiar o catálogo do streaming de julho e agosto. Que pena, a empresa não possui todos os títulos listados, naquele esquema das saudosas fichinhas das videolocadoras (parênteses nostálgico aqui ao lembrar daquela indecisão na Blockbuster diante das prateleiras repletas de caixinhas de DVDs e VHs; você também viveu isso? rsrs).
Jornalistas conseguem uma lista com títulos que entram em cartaz, enviada pelo time de comunicação. Mas o que já está por lá, não tem jeito: todo mundo precisa ir à caça de acordo com o repertório e matches.
Por exemplo, indicaram para mim obras como (o incrível) Newness quando busquei “Azul É a Cor Mais Quente” – um dos filmes mais lindos e sexy de todos os tempos, que fez uma passagem relâmpago por lá em meados de 2015 (dica bônus, hoje, disponível no Telecine Play).
Dessa safra nova, há apenas uma série hot, que estreou ontem, na quarta (15.07). Trata-se de “Desejo Sombrio”, que traz Maite Perroni, a eterna Lupita de “Rebelde”, musa da adolescência dos millennials. Falarei mais logo abaixo.
No mais, dezenas de filmes para famílias, crianças, animes… Poucos para assistir juntinho. Mas curiosamente, apesar da indústria pornográfica alavancar números indecentes (de tão enormes), quase não há obras eróticas, que retratem a intimidade sem apelações. Em um “DataCarol” (meu instituto de pesquisa intuitivo, rsrs), apostaria em uma média anual de um título na linha “De Olhos Bem Fechados”. Uma pena, porque acredito que há sim uma grande demanda.
A caça aos filmes e séries hots levou um dia inteiro, mas chegamos aqui a nove títulos bem interessantes. Reserve um horário para curtir com o date e, como diria meu muso, o jornalista Miguel Barbieri, “tirem as crianças da sala”:
Alô, Millennials! Maite Perroni, a eterna Lupita, de “Rebelde” (novela exibida por aqui no SBT) aparece linda e sexy como protagonista dessa série. Mas, como diversas obras na história da indústria de entretenimento e cultura, mais uma vez a mulher é punida por gozar… Como sugere o título, Alma, a mocinha, passa por maus bocados ao se envolver com o bonitão Darío Guerra (Alejandro Speitzer, aliás, galã na novela Cúmplices de Um Resgate, também no início dos anos 2000 e no SBT). Um suspense com belas “pegadas”.
Série com oito episódios, apelidada de “Sex And The City” espanhola, por contar a relação de uma escritora (Valéria, interpretada por Diana Gómez, a Tatiana, mulher do Berlim em “La Casa de Papel”) com suas três amigas, que compartilham suas conquistas e dilemas, especialmente amor e sexo. As cenas íntimas são parte bem importante da narrativa, mas aparecem de uma forma mais livre e real, sem grandes performances ou mistificar nada. Divertida.
Longa-metragem que se mantém firme e forte no catálogo da Netflix há cerca de dois anos, um dos meus preferidos nesta lista. Muito lindo e, se você ainda não viu, precisa assistir logo antes que saia de cartaz. Narra a história de Martin (Nicholas Hoult) e Gabi (Laia Costa) que se conhecem via aplicativo de namoro. Jovens, lindos e apaixonados, com o tempo, decidem testar no namoro a tal “newness” (ou novidade, em tradução livre): um relacionamento aberto.
“Filme-cabeça” de François Ozon, parece um mix dos clássicos “Lolita”, “A Bela da Tarde” e “Verdades Secretas” (aquela série da Rede Globo). Retrata a vida da adolescente Isabelle (a maravilhosa Marine Vacth), que aos 17 aninhos, perde a virgindade e, tempos depois, resolve se tornar uma prostituta de luxo.
A combinação de palavras “comédia erótica” me dá um certo arrepio. No mau sentido. Mas esse espanhol até que é bem simpático (apesar de algumas cenas que ao invés de rir me deram aquela “vergonha alheia”). São cinco histórias de amor e sexo em Madri: quatro casais e uma mulher solteira que tentam lidar com seus fetiches e os fatídicos desencontros de expectativas. Olha o trailler:
Mesmo que você não consuma pornografia, com certeza já ouviu falar do italiano bonitão Rocco Siffredi, “a lenda com 24 centímetros”. Aliás, o documentário já começa com um nu frontal do cinquentão, que, aliás, continua inteiraço. Mas se trata de um drama da vida real: mostra o relacionamento com a família, suas obsessões, vícios e a agressividade, que traumatizaram várias de suas parceiras. Excelente documentário para maiores de 18 anos.
Parece uma versão moderna de “Christiane F.”, porém, com cenas mais picantes. Além disso, Branquinha tem cerca de 18 anos (não uma menina de 13, como no sucesso dos anos 80 baseado em uma história real). Conta as aventuras de Leah (Mogan Saylor), moça com pele alva que chega em Nova York em busca de uma “vida louca”. Forte.
Olha, já aviso que gosto de Gáspar Noé, o cineasta franco-argentino que “causou” em Cannes em 2015 na exibição de “Love”. Trata-se de um filme dramático, mas com várias cenas de sexo explícito e exibido em 3D. Então pode imaginar a reação de parte dos críticos ao se deparar em um close de um pênis jorrando esperma… rsrs. Enfim, é o filme mais famoso do Noé, não está em cartaz na Netflix, mas você encontra no Telecine.
Mas no serviço de streaming, tem Clímax, um filme bem doido, um baita delírio. Nada de sexo explícito aqui, mas muitas cenas sensuais ao narrar uma “viagem coletiva” de um grupo de vinte bailarinos, totalmente alterados por um ponche “batizado”.
Filme de 1993 e já exibido algumas vezes no SuperCine ou Tela Quente da Rede Globo, talvez você já tenha assistido a esse filme de Adrian Lyne (aliás, que tem na filmografia bons filmes eróticos como 9 ½ Semanas de Amor e Infidelidade). Mostra Demi Moore (com um de seus melhores cortes de cabelo) na pele da sensual Diana, mulher de David (Woody Harrelson), que recebe a proposta indecente de passar uma noite com um bonitão milionário John Gage (Robert Redford) em troca de 1 milhão de dólares. Filme com algumas cenas sensuais, mas que rende “DRs” em casais: você deixaria Mozão passar uma noite com outra pessoa em troca de uma fortuna?
É isso, pessoal! Aproveitem
Beijos e se cuidem!
@anacarolcsoares Jornalista desde 1994, ganhou prêmios e passou por grandes veículos de comunicação, trabalhando como repórter, editora, colunista e PR. É muito feliz também em cursos de tantra, fez mais de dez e até tirou certificado de terapeuta tântrica com Gilson Nakamura em janeiro de 2019, no método Deva Nishok. Dona de cachos assumidos e ama escrever sobre sexo, como a musa Carrie Bradshaw
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