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Por Robson Braga de Andrade*
Adotar a economia de baixo carbono, incorporando tecnologias limpas e processos produtivos mais eficientes, é essencial para o desenvolvimento sustentável e para uma maior competitividade das empresas. A indústria brasileira tem acelerado a implementação de programas capazes de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, de acordo com as metas do Acordo de Paris.
O compromisso do Brasil é cortar as emissões em 37% até 2025 e em 50% até 2030, partindo dos níveis de 2005. Para isso, a estratégia elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem quatro pilares: transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal. Estamos mobilizando o setor industrial e fazendo articulações com o governo para avançar nessa agenda.
O mundo precisa mudar a forma como consome energia, com a passagem de uma matriz baseada em combustíveis fósseis para uma ancorada em fontes renováveis. Nesse processo, o Brasil sai na frente, pois já conta com uma elevada utilização dessas fontes e vem ampliando o uso de energia eólica, solar e bioenergia.
As indústrias brasileiras têm investido em projetos de eficiência energética, com tecnologias de ponta, mudanças na gestão dos insumos, ajustes na produção, tratamento e reaproveitamento de resíduos, e redução das emissões de gases. De 2006 a 2016, a indústria química do país, por exemplo, cortou em 44% as emissões nos seus processos de produção.
A criação de um mercado global de carbono é uma das iniciativas para ajudar os países a reduzir as emissões. O caminho mais adequado, entre as opções de precificação de carbono, é o mercado regulado, com regras claras que estimulem a segurança jurídica, a inovação e a competitividade das empresas, sem aumentar a carga tributária.
Defendemos a adoção do sistema “cap and trade”, em que empresas com volume de emissões inferior ao autorizado podem vender o excedente para as que lançam uma quantidade maior de gases de efeito estufa na atmosfera, o que estimulará investimentos em tecnologias verdes.
O Brasil pode ser, também, uma potência em economia circular, que busca manter o fluxo dos recursos naturais, evitando o desperdício e diminuindo custos. Nosso país tem nítidas vantagens nessa área, como a maior biodiversidade do mundo, indústria diversificada e corpo científico qualificado. São necessárias, porém, políticas públicas e de governança que impulsionem esse modelo.
A conservação florestal completa os quatro pilares da estratégia de transição para uma economia de baixo carbono. Combater o desmatamento ilegal e as queimadas no país, que possui 58% de seu território coberto por florestas, é fundamental para diminuir as emissões de carbono e conter o aquecimento global.
Essas ideias, já apresentadas pela CNI aos candidatos à Presidência da República, serão debatidas no encontro “Estratégia da Indústria para uma Economia de Baixo Carbono”, em 16 e 17 de agosto, em São Paulo. O evento é preparatório para a Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP27), que ocorre em novembro, no Egito.
*Robson Braga de Andrade é empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O artigo foi publicado no jornal Folha de S. Paulo.
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