As "coisas" de Brasilia

[Romildo de Paula Leite]

Novo inquérito-bomba

Vital do Rêgo, presidente da CPI mista do Cachoeira, recebeu do procurador-geral, Roberto Gurgel, uma informação destinada a mexer com a já nervosa Brasília das últimas semanas.

Gurgel informou que, na sexta-feira passada, enviou à Justiça um novo inquérito que investiga a jogatina (e, claro, Carlinhos Cachoeira) – não é nem a Operação Monte Carlo e nem a Las Vegas, ressalte-se.

Nele, também por meio de grampos, sairiam chamuscados quatro ministros do STF, onze do STJ e vários deputados.

(Atualização, à 0h56. O senador Vital do Rêgo enviou o seguinte e-mail:  “Prezado jornalista Lauro Jardim, para dirimir quaisquer dúvidas, em respeito à sua prestigiada coluna e em razão do meu ofício, informo-lhe que no encontro com o Procurador Roberto Gurgel não recebi qualquer informação sobre novo inquérito ou pessoas e titularidades envolvidas”.  Gurgel também enviou uma nota oficial, às 14h42 do dia 4, negando o diálogo. A coluna mantém a informação publicada)

Conselheiros da CPI

Vital do Rêgo se reuniu ontem, pela manhã, com José Sarney e Renan Calheiros. O motivo da conversa? Vital queria orientações para saber como gravitar no tabuleiro da CPI mista do Cachoeira. Pelo visto, Sarney e Renan é que vão ditar o ritmo do samba na comissão.

Relações azedas

Desde que as fotos e vídeos de seus jantares na Europa foram divulgados, Sergio Cabral deixou de falar com Fernando Cavendish.

A propósito, Anthony Garotinho tem dito aos mais próximos que o seu arsenal é composto de 40 vídeos e cerca de 200 fotos.

Não é CPI social

Veja como os integrantes da cúpula do PMDB, aos poucos, vão colocando o time em campo para defender Sérgio Cabral da artilharia preparada na CPI mista do Cachoeira. Em relação às pressões para que Cabral explique na CPI a amizade com Fernando Cavendish, diz Henrique Eduardo Alves:

- Eles são amigos. Não vejo por que convocar o Cabral. A comissão não é uma CPI social, é para apurar malfeitos.

A escalação do time do Cachoeira

Uma das curiosidades mapeadas pela Polícia Federal na investigação sobre os negócios do bicheiro Carlinhos Cachoeira está na lista dos codinomes usados pelos integrantes do grupo para se comunicar por telefone.

Os apelidos renderiam uma escalação para time de penitenciária nenhum botar defeito. Eis alguns exemplos: Café, Dragão, Grandão, Gordinho, Dadá, Careca Coroa, Galeguinho, Tchê, Bigodim, Pitoco e Jotinha.

Por Lauro Jardim