Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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As possibilidades que o 3D traz para o universo do OOH

Clear Channel e JCDecaux começam a testar formato em suas telas com a proposta de levar anúncios dinâmicos e interativos ao público.

O out-of-home é o meio que mais cresceu em 2022 no Brasil, em termos de investimentos publicitários, de acordo com os resultados do Cenp-Meios.

Ao longo de todo o ano passado, o OOH angariou mais de R$ 2,160 bilhões em compra de mídia, de acordo com o reportado pelo monitoramento. O número é 27,9% maior do que o registrado pelo Cenp-Meios em 2021.

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O bom momento do setor se reflete não apenas nos números mas também na sofisticação da criatividade e da tecnologia utilizada no meio. Em meio ao processo de digitalização das telas, que abriu novas possibilidades de veiculação e também de mensuração para os anunciantes, o meio agora começa a experimentar outras formas de levar as mensagens das marcas ao público.

Uma delas é por meio da tecnologia 3D. Na semana passada, quem circulou pelo Terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos se deparou com uma instalação diferente, que testava o 3D Deep Iconic, novo equipamento da JCDecaux voltado à veiculação de campanhas em três dimensões.

A peça mostra a personagem da clássica pintura “Moça Com Brinco de Pérola”, de Vermeer, que interagia com a projeção de uma garrafa de Coca-Cola, até “transformar” a imagem digitalizada da bebida em uma garrafa real. A ativação foi criada pela David Miami. Veja:

A combinação entre 3D e o OOH

Na semana passada, outra empresa de out-of-home também apresentou ao mercado uma solução em 3D. Por meio de uma parceria com a Vati, produtora de execução publicitária especializada nesse tipo de tecnologia, a Clear Channel começou a oferecer aos seus clientes a possibilidade de replicar campanhas com efeito 3D em seu circuito de painéis, chamado de 3D Play.

A nova tecnologia poderá ser utilizada nos painéis da empresa instalados no Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba.

A empresa acredita que a tecnologia 3D tem impulsionado a inovação em todo o setor ao tornar a publicidade mais dinâmica, imersiva e realista no mundo, graças ao seu formato sofisticado, com imagens que priorizam a narrativa dos anúncios e aumentam a visibilidade e impacto.

“O 3D ultrapassa todos os limites e tem mais possibilidades de evoluir, sejam pelo avanço tecnológico ou com a espetacular capacidade criativa que temos. Tenho convicção que essa é uma nova tendência que veio para ficar, especialmente para o mercado de OOH brasileiro”, analisa Wlamir Lino, diretor comercial nacional da Clear Channel.3D OOH

Pelo novo circuito, anunciantes poderão veicular anúncios em 3D em diferentes faces da Clear Channel, de forma simultânea (Crédito: Divulgação)

O executivo conta que a criação do circuito 3D demandou seis meses de estudo, junto com a Vati, para que a empresa conseguisse chegar a uma oferta de mídia em que as mensagens possam ser veiculadas em roteiros com várias fazes digitais simultaneamente.

No caso da ação da Coca-Cola, foi utilizado o primeiro equipamento da JCDecaux nesse formato de mídia 3D implementado na América Latina. Além do Brasil, a empresa de OOH já dispõe da tecnologia dos mercados da África do Sul, Estados Unidos, Noruega e Barein.

Em nota, o diretor de vendas da JCDecax Brasil, João Binda, comentou que estrear uma campanha global com a Coca-Cola em um dos ativos mais inovadores da companhia – a tecnologia 3D – era um motivo de grande orgulho.

“Essa união mostra na prática o poder do DOOH em impactar e criar experiencias únicas de imersão e interação para toda a audiência, trazendo mais relevância para o meio nas estratégias de comunicação”, acredita Binda.

O novo circuito da Clear Channel terá a veiculação de mensagens por um tempo de 20 segundos, quando o tradicional, segundo a companhia, é de 10 segundos. A ideia é ampliar a visibilidade e o impacto por todas as telas.

“Essa Essa evolução, além da diferenciação da criação, que traz muito mais relevância e contexto para os anúncios, preserva as principais características do meio OOH como alcance, frequência e impactos, captando o interesse de milhares de pessoas ao mesmo tempo”, conclui Lino.

Bárbara Sacchitiello

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