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Assistentes Virtuais: A nova fronteira do E-Commerce

Assistentes virtuais: a nova fronteira do e-commerce
As soluções de inteligência artificial (IA) de conversação e acionadas por voz têm se mostrado muito mais do que apenas uma tendência. E no e-commerce vem se tornando uma nova fronteira a ser alcançada. A consultoria Juniper Research estima que o voice commerce (ou seja, comércio por voz) movimentará US$ 80 bilhões em 2023. Esse tipo de comércio nada mais é do que a possibilidade de comprar online por meio de comandos de voz com ajuda de dispositivos como smartphones, tablets, smartwatches e alto-falantes inteligentes. 

Nos EUA, mais de 40 varejistas já entraram na onda do voice commerce. Walmart e Target, por exemplo, criaram parcerias com o assistente de voz do Google. O motivo é simples: os consumidores procuram praticidade, agilidade e realizar várias tarefas ao mesmo tempo. Segundo estudo, 41% preferem um assistente de voz em vez de um site ou aplicativo porque os ajuda a automatizar suas tarefas rotineiras de compras. Apenas por meio da voz, conseguem encontrar o item de que precisam, fazer um pedido, pagar por ele, rastreá-lo e deixar feedback quando ele chegar. Posteriormente, eles podem usar o histórico de compras para reordenar seus produtos. E funciona tanto para lojas online como físicas. 

Esses valores se revertem para as empresas. As marcas que adotaram um assistente de voz pessoal viram sua Net Promoter Score (NPS), uma métrica que mede a satisfação do cliente, melhorar 19 pontos percentuais. As compras por voz significam mais rapidez e menos barreiras na jornada do consumidor, aumentando a conversão. Também aumenta a possibilidade de personalização da experiência do usuário — além de conhecer as preferências do consumidor, as marcas conseguem dialogar e ganham acesso ao contexto que impulsiona a compra. E quanto mais dados, mais insights para o negócio, podendo melhorar cadeia de suprimentos, gerenciamento de pedidos, relacionamento com clientes e estratégia de marketing.

Adotar o voice commerce ainda significa uma vantagem competitiva. Uma pesquisa realizada pela Uberall, mostrou que a grande maioria dos negócios não está pronta para ser encontrada por voz — apenas 4% estão otimizados para pesquisas e compras nesta modalidade. Isso significa que aqueles com um assistente serão os únicos que aparecerão quando o usuário dizer “ei Alexa/Google, procurar…”.

O Brasil é especialmente um mercado promissor. Além de já ser grande adepto de plataformas de voz — 90% dos brasileiros com smartphones já enviaram mensagens de voz e 60% já usaram a voz para controlar seus aparelhos — as assistentes virtuais têm crescido no país: aumentou 47% durante a pandemia, segundo a consultoria de data science Ilumeo.

Ainda 20% já utilizam assistentes de voz diariamente e 54% vê mais valor em produtos e serviços que permitam as interações por voz. Já há alguns exemplos no país. A Natura, por exemplo, fez parceria com o Google Assistente para a venda de cosméticos por comandos de voz combinados com navegação online. 

O potencial desse mercado deve aumentar ainda mais com o avanço do 5G no país e da internet das coisas. A consultoria Statista, estima que o mercado brasileiro de alto-falantes inteligentes e gadgets para automatizar a casa deve crescer 23% até 2025 — em 2020, cerca de 3% dos lares brasileiros já contavam com algum dispositivo inteligente e nos próximos quatro anos, serão 11%. Além dos alto-falantes em casa, a smart TV poderia facilmente se tornar o shopping do futuro. E com quase todas as montadoras lançando carros com assistentes de voz, as compras irão onde o consumidor estiver. Para Jeff Adams, “pai” da Alexa, o voice commerce cria uma melhor experiência multimídia: utilizar comandos de voz para solicitar um item, e depois navegar no computador, celular, TV ou até no carro para ver imagens e comparar dados. 

Fonte: Cadastra

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