Os planos de aumento de capacidade na produção de celulose no Brasil estão diretamente ligados ao crescimento da China e de outros países da Ásia, segundo o vice-presidente da consultoria finlandesa Poyry para o Brasil, Carlos Alberto Farinha e Silva.
De acordo com o executivo, a produção de celulose de fibra curta no mundo deve crescer de atuais 25,3 milhões de t para 36 milhões de t em 2020.
Desta diferença, 10 milhões de t dependerão da demanda chinesa, e correspondem justamente ao mesmo volume projetado de aumento de capacidade no Brasil no período.
"Nossos planos de aumento de capacidade dependem de a Ásia e a China absorverem essa produção incremental", disse Silva nesta segunda-feira durante evento da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP). Ele classificou a dependência do Brasil à demanda chinesa como "uma fragilidade".
"Tem que ver até que ponto a China consegue desenvolver seu mercado interno. Se não tiver uma mudança rápida e profunda, poderá ter sobra de capacidade em alguns setores", afirmou.
De acordo com Silva, os projetos de aumento de capacidade de celulose que já estão em andamento, como o Projeto Eldorado em Três Lagoas (MS), a fábrica da Suzano em Imperatriz (MA) e a joint-venture entre a chilena Arauco e a sueco-finlandesa Stora-Enso no Uruguai, não devem ser paralisados.
"Nos outros... o timing desses projetos é a grande questão... eles podem postergar um pouco", ponderou o vice-presidente da Poyry.
O executivo previu ainda que entre 2010 e 2020 haverá um aumento no consumo de fibras - que incluem celulose, papéis e reciclados - de 100 milhões de toneladas.
O consumo de papéis deve crescer cerca de 1,9% ao ano no mundo, sendo que tissue, embalagens e papelcartão devem ter crescimento acima deste percentual.
A Poyry atua na prestação de serviços de consultoria e engenharia para o setor da indústria de base florestal.
Fonte:|http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201110...
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