Com estilo casual inspirado nos anos 1990, Puma amplia conexão com os torcedores (Crédito: Divulgação)
Vestir a camisa é, literalmente, uma das formas mais genuínas que os torcedores encontram de demonstrar seu pertencimento à torcida de um clube. No entanto, no imaginário popular, ainda existem questões sobre usar ou não esse tipo de roupa no dia a dia. Em resposta a esse questionamento e para atender as demandas dos fãs de esporte, o movimento block core ganhou força e levou a utilização desse acessório tão simbólico para longe dos estádios.
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Esse estilo, que mescla moda com a identidade visual esportiva, normaliza o uso das camisas de time fora do ambiente esportivo em outras situações sociais, como jantares e festas. “O block core normaliza não só o uso de camisetas de time, como também traz para o futebol novos públicos, com a participação mais incisiva de mulheres, do universo da moda e da alfaiataria”, avalia Eduardo Dal Pogetto, diretor da Umbro.
Como as marcas respondem a essa tendência?
A própria Umbro é uma das empresas de distribuição de materiais esportivos que está observando a tração que o estilo block core ganhou. A marca fechou uma parceria com a Approve para o desenvolvimento de uma linha com 32 produtos unindo futebol e alfaiataria.
Para a marca, isso ajuda a construir um reconhecimento entre os consumidores. “Sempre somos lembrados pelos torcedores, assim como outros públicos do meio, como clubes e lojistas, por ser uma marca que desenvolve peças diferenciadas, que vai além dos gramados”, afirma Dal Pogetto.
Outra companhia que conseguiu entrar no assunto e se apropriar de conversas envolvendo estilo foi a Brahma. A cervejaria da Ambev, juntamente com a Africa Creative, desenvolveu o site Alfaiataria Brahma. Lá, os torcedores conseguem descobrir como as cores e símbolos do seu clube podem se transformar em peças de roupa como blazers, vestidos e jaquetas.
“As camisas já estão no dia a dia dos torcedores mais aficionados, que podem até encontrar resistência para vesti-las em qualquer ocasião. Não apenas estimulamos as conversas entre os apaixonados pela modalidade, mas conseguimos impactar e levar o debate para mais pessoas”, diz Mauricio Landi, diretor de marketing da Brahma.
Umbro une modelo esportivo com alfaiataria (Crédito: Divulgação)
Block Core eleva conversas nas redes sociais
Para amplificar essas ações, a cerveja reverberou as iniciativas nas redes sociais. Primeiro, Alessandra Ambrósio apareceu na passarela do Paris Fashion Week vestida com a camisa do Grêmio, seu time de coração. Depois, a marca fez um post com Leo Santana e Lore Improta que gerou diversas conversas.
Na ocasião, Leo postou uma foto utilizando uma camisa do Vitória durante um jantar de luxo. Fora dos olhares das marcas diretamente associadas ao esporte, a influenciadora de moda de luxo, Malu Borges, viralizou na internet ao aparecer usando peças do uniforme do Vasco da Gama.
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A ação foi realizada para o lançamento da coleção da Melissa, Gless Heel, que busca trabalhar o conceito da moda através da originalidade e singularidade. Luciana Soares, diretora de marketing da Puma Brasil, entende que esse é um movimento natural para unir a paixão e estilo.
“Seja por nossas coleções casuais ou pela estética dos uniformes oficiais do clube, extrapolar o território do esporte e chegar ao mundo da moda é uma consequência dessa estratégia que prioriza o sentimento de paixão do torcedor, que anseia em demonstrar seu orgulho de pertencer em todos os momentos de sua vida”, comenta.
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