A fronteira seca Brasil/Bolívia – Brasil/Paraguai é conhecida pela fragilidade na segurança. Entorpecentes entram no País; carros roubados aqui são levados para lá, onde também se escondem foragidos.
Nos últimos anos, são por essas mesmas portas que têm entrado no Brasil pessoas que, com a esperança de trabalho decente, acabam sendo exploradas. “Temos tido enorme número de estrangeiros que vem ao Brasil”, disse o procurador-geral do Trabalho, Luís Antônio Camargo de Melo, em evento do MPT (Ministério Público do Trabalho), em Brasília.
De acordo com o procurador, a maioria das vítimas do tráfico de pessoas é boliviana e vai parar na indústria têxtil de São Paulo. A maior parte delas entra por Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande. “A grande maioria entra por Corumbá”, afirma Luís Camargo.
Conforme o chefe da Procuradoria do Trabalho, há dois anos havia cerca de 350 mil bolivianos, sendo 100 mil deles já regularizados.
Agora, com o aperto da fiscalização nas costurarias industriais da capital paulista, a preocupação do órgão federal é com o tráfico interno: trabalhadores estão sendo levados para o interior, para igualmente serem explorados.
A punição para as empresas que insistem em promover o tráfico de pessoas é multa e inserção na lista suja do trabalho escravo . Uma delas foi de R$ 4 milhões. Dinheiro utilizado em benefício das vítimas.
Estes trabalhadores são vítimas de duas situações degradantes: tráfico de pessoas e trabalho escravo. São submetidos a jornadas exaustivas, não recebem salário compatível, ficam em débito com o empregador – pois este geralmente paga alimentação, hospedagem -.
Segundo o procurador, há paraguaios que também acabam vindo para o País, entrando por Mato Grosso do Sul, em busca de trabalho e terminam explorados. No entanto, o número é muito pouco perto da quantidade de bolivianos.
O coordenador nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, procurador do Trabalho Jonas Ratier Moreno, lembra que muitas das empresas que já foram flagradas explorando bolivianos são marcas conhecidas e até multinacionais.
Diante disso, ele chama para reflexão. “Quando a gente chega na arara [de roupas] e vê a promoção, tem que lembrar que o custo de produção é muito baixíssimo e a troco de exploração”.
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Não estou aprovando a prática de se trabalhar sem registro, mas é normal funcionários preferirem receber "por peça" do que serem contratados e registrados como costureiros. Dessa forma, o empregador paga menos e o funcionário recebe mais, mas parece que esse acordo incomoda o governo, único que nada faz, a não ser exigir a sua participação (grande).
Sabemos como o governo manipula os meios de comunicação, então olho com suspeita toda vez que surge um artigo, uma reportagem como essa, querendo transformar em vilões os donos de oficinas de costura, desviando de si a culpa.
Enquanto isso, o governo nada faz contra a entrada de produtos da China, Bangladesh, Vietnam, Perú, Índia, países que é de conhecimento de todos, usam de trabalho escravo, condições sub-humanas, trabalho infantil; impõem algumas taxas, ou seja, desde que se pague o dele (governo), esses produtos são permitidos.
Prezados, neste momento lembro a todos vocês que temos a proposta do MERCOSUL ou MERCOSUR (em espanhol). Já erá para não haver mais fronteiras entre nossos Países.
Pois está a olhos vistos, se quiseres encontrar emprego vá até o Bom Retiro e no Brás, que lhe digo, 10 em cada 10 lojas oferecem demanda de serviço de costura e corte.
Nadyenka, quem promove a escravidão, são os próprios bolivianos que quando aqui chegam, chegam pelas mãos de outros bolivianos que os arregimentam em suas oficinas clandestinas( culpa de nossos órgãos de fiscalização), e que se submetem a este trabalho, realmente degradante.Contudo se você for até eles, vai ver que praticamente não são brasileiros que os trazem/contratam, mas sim os próprios bolivianos. As confcçoes nacionais, os contratam para produzir seus produtos têxteis de confecção pois seus preços são baratos. Mas é um submundo e a culta esta na fronteira, pois qualquer boliviano passa e não é barrado. Você conhece a fronteira?? Vai lá.
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