Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Brasil cogita não cobrar imposto do Paquistão

Fonte:|estadao.com.br|

O governo brasileiro está disposto a discutir a suspensão de tarifas de importação para produtos paquistaneses como forma de ajudar o país atingido pelas inundações a começar uma recuperação econômica. A proposta foi levantada ontem pelo diretor da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, com o chanceler Celso Amorim em Genebra.

Hoje, o ministro se reúne com o Alto Comissariado da ONU para Refugiados e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha para debater a contribuição brasileira no campo humanitário.

As enchentes atingiram há um mês 21 milhões de pessoas e deixaram mais de 1,7 mil mortos no Paquistão. "Estamos dispostos a considerar essa opção (de suspender tarifas) para o Paquistão, já que o impacto das inundações foram terríveis para o país", afirmou Amorim. Em 2009, US$ 44,6 milhões em produtos paquistaneses entraram no Brasil.

Na sexta-feira, ministros europeus também debateram o assunto, sem ainda uma posição final. A indústria têxtil europeia resiste em aceitar um corte de tarifas para os produtos paquistaneses, alegando que pode gerar prejuízos importante para o setor na Europa.

A Euratex - a associação de produtores têxteis da Europa - enviou uma carta ao comissário de Comércio da UE, Karel De Gucht, se opondo a ajuda. "O governo paquistanês está usando de forma repetitiva todo o tipo de desculpa para pedir livre acesso para seus produtos na Europa", afirmou a carta.

A UE debate três opções: oferecer acesso aos produtos paquistaneses ao seu mercado sem a aplicação de tarifas de importação, suspender todas as obrigações do Paquistão na OMC ou reduzir as tarifas para uma lista de produtos.

Num primeiro momento, a proposta da Comissão Europeia é de que 13 produtos têxteis do Paquistão sejam alvo de uma redução imediata, com um impacto positivo para a economia paquistanesa de 25 milhões.

O problema é que, pelas regras da OMC, não se pode apenas liberalizar o acesso para bens de um país, discriminando os demais. A liberalização, portanto, daria acesso também a produtos da Índia e China e as importações anuais da Europa cresceriam em US$ 135 milhões. Desse total, apenas US$ 55 milhões iriam para o Paquistão.

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