Ranking é dominado por europeus. China é único país de renda média no top 20
Os melhores desempenhos no índice continuam sendo de economias avançadas da Europa, Américas, Ásia e Pacífico. Entre os 25 primeiros países, a Europa tem 17 representantes, predominantemente das regiões ocidental e escandinava. O Leste e Sudeste Asiático contribuem com quatro economias - Singapura, Coreia do Sul, China e Japão.
A Oceania é representada pela Austrália e Nova Zelândia, e a América do Norte tem os EUA e Canadá. Em termos de distribuição de renda, dos países analisados, 52 são de alta renda, 36 de renda média alta, 32 de renda média baixa e 13 de baixa renda. Assim como o Brasil nas Américas, economias de renda média e baixa, como China, Ucrânia, Vietnã e Quênia, alcançaram pontuações que superam as tendências considerando o PIB per capita.
A China, notavelmente, subiu no ranking, conquistando a 17ª posição e permanecendo a única economia de renda média no top 20. Na África e na região Ásia-Pacífico, Ruanda e Quirguistão se destacam. Bruno Lanvin, coeditor do NRI, afirma que “dados não são o novo petróleo, mas sim o novo ar”.
Segundo ele, há um esforço do setor privado e público em todo o mundo para uma economia digital global que ainda não está completamente traçada nem devidamente governada: “Em um contexto tão fluido, ferramentas como o Índice de Prontidão para Redes, que fornecem métricas definitivas, serão uma condição necessária para tomar as decisões corretas."
Para Jeffrey B. Kratz, vice-presidente de Vendas para o Setor Público Global da AWS, construir um amanhã digital exige não apenas avanços tecnológicos, mas também uma visão compartilhada e um compromisso com a colaboração global. "Ao continuar a investir nessas parcerias e fomentar um ecossistema global de inovação, podemos garantir que os benefícios da transformação digital sejam realizados por todos, criando um mundo mais conectado, eficiente e equitativo", defende.
Pela terceira vez no topo do ranking, os EUA têm como principal força o pilar tecnologia (1º lugar), especificamente os indicadores de acesso à internet nas escolas, publicações científicas em Inteligência Artificial, investimentos em tecnologias emergentes e gastos com software. Por outro lado, o país pode melhorar em impacto (11º lugar), nos subpilares de contribuição para os ODS (29º) e qualidade de vida (73º).
Ao todo, 22 países do continente americano estão no NRI. Além dos EUA e do Brasil, aparecem mais bem colocados o Canadá, na 11ª posição, e Costa Rica, Uruguai e Chile com, respectivamente, as 52ª, 53ª e 54ª posições. Peru (83º) e Jamaica (93º) tiveram as maiores quedas no ranking, refletindo mudanças de desempenho, ajustes no modelo, dados faltantes e o desempenho relativo de outras economias.
Sobre o NRI
Um dos principais índices globais sobre a aplicação e o impacto das TIC nas economias ao redor do mundo, o NRI foi lançado inicialmente em 2002 pelo Fórum Econômico Mundial.
Em 2019, o ranking foi redesenhado por seus fundadores e coeditores, Soumitra Dutta e Bruno Lanvin, para refletir como a tecnologia e as pessoas precisam ser integradas dentro de uma estrutura de governança eficaz, a fim de ter o impacto adequado em nossa economia, sociedade e meio ambiente. A publicação de 2024 é a sexta edição do novo modelo.
O Portulans Institute foi fundado em 2019 por Soumitra Dutta e Bruno Lanvin, como um instituto de pesquisa e educação independente, sem fins lucrativos e apartidário, com sede em Washington DC. Suas áreas de especialização incluem competitividade tecnológica, prontidão para inovação e talentos globais.
A Saïd Business School da Universidade de Oxford é uma escola de negócios vibrante e inovadora, inserida em uma universidade de 900 anos de idade, uma das líderes mundiais. Com programas e ideias de impacto global, ela educa líderes, agentes de mudança e inovadores em todos os setores e indústrias.
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