Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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C&A assina Pacto do Trabalho Escravo e fecha ciclo iniciado em 2006

A maior rede de varejo de moda do Brasil está agora engajada no enfrentamento do trabalho ilegal e degradante. A C&A Modas assinou o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo. É a primeira empresa do setor a assinar o compromisso.

A C&A assinou o pacto junto com 40 de seus fornecedores, que também se comprometeram a monitorar suas cadeias produtivas, de modo a não permitir que em nenhuma etapa do processo exista o uso de mão de obra análoga a escravidão.

A iniciativa da C&A é um marco no enfrentamento do trabalho degradante.

A C&A foi alertada para o problema em maio de 2006, quando a revista do Instituto Observatório Social publicou a reportagem Que moda é essa?, de autoria de Marques Casara, da equipe da Papel Social.

A reportagem mostrou que a C&A usava imigrantes ilegais, em regime de trabalho de até 17 horas diárias, em oficinas clandestinas localizadas em São Paulo.

Na época, ao ser alertada para o problema, a empresa se recusou a conversar com o jornalista.

Após a publicação da reportagem e de uma ampla mobilização que envolveu o Observatório Social e o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, a empresa reconheceu o problema e iniciou uma ampla reformulação no sistema de controle de fornecedores.

A C&A mudou os protocolos de monitoramento da cadeia produtiva e tornou-se uma empresa empenhada em enfrentar o uso de mão de obra escrava, ilegal ou degradante.

A ação da empresa, que culminou com a assinatura do Pacto Nacional junto com mais 40 fornecedores, é um exemplo concreto de como o jornalismo e o ativismo social podem, juntos, construir um mundo mais justo e sustentável.

A Papel Social acredita que a denúncia jornalística sem sensacionalismo e a disponibilidade dos atores para o diálogo são eficazes para a construção de novas relações de produção e de trabalho.

Clique aqui para baixar a íntegra da reportagem.

 

Posted by .equipe on março 4, 2011

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Comentário de JERÕNIMO SIMÃO M. PEREIRA CALDAS em 14 março 2011 às 17:40
   COMECE ENTÃO COLOCANDO CADEIRAS E BANCOS NAS SUAS LOJAS, ESPECIALMENTE PARA AS CAIXAS QUE TRABALHAM EM PÉ "FULL TIME" E QUE PRA SENTAR TEM QUE PEDIR PRA IR NO BANHEIRO! ! ! ! !
Comentário de Leandro em 12 março 2011 às 11:02

a C&A deveria em primeiro lugar começar a pagar melhor seus fornecedores, com preços mais justos, dessa forma os fornecedores teriam meios de melhorar muito mais toda cadeia produtiva...

E simples sentar em cima do rabo sujo e ficar apontando os defeitos dos outros, fazendo media com o ministerio Publico, como a Marisa e a Renner tambem estão fazendo.

Porem pagar o quanto a mercado ria vale, isso ninguem levanta a questão para cobra-los...

Comentário de António Manuel Miranda em 10 março 2011 às 11:13
Se outras empresas também tomassem esta atitude, e se essa atitude fosse estendida aos fornecedores asiáticos, normalizaria, em boa parte, as trocas têxteis mundiais.
Comentário de Farneis Berberian em 10 março 2011 às 9:05
Concordo com você Sílvio, eu presenciei um tecelão almoçando ao lado de um tear, comendo uma tigelinha de arroz enquanto, ao mesmo tempo, cuidava da produção. O que estas marcas fazem, e há muito tempo isso é feito por elas fora do Brasil, é se protegerem dos comentários que poriam em risco a sua imagem, mas não possuem como objetivo principal o cuidado social. Creio que o Brasil esta seguindo o mesmo enredo. Acredito também que, o que contribui para isso são as corporações.
No caso de firmas que não possuem pressão de acionistas por sempre melhores resultados, o cuidado com a dignidade humana tem algum espaço.
Comentário de STYLE LINE PRIVATE LABEL em 10 março 2011 às 8:17

Será que o PAPEL SOCIAL já foi até a CHINA para constatar a situação dos empregados em fabricas de roupas???

Eu estive lá,e se for pesar as condições de trabalho,não entra mais nem uma pç. de roupa chinesa aqui.

E a C&A é importadora forte de produtos chineses.

 

 

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