Ministro Silvio Costa Filho, apresentou, na Fiesp, os principais projetos da pasta e disse que deverão ser investidos no Porto de Santos R$ 13,4 bilhões
Alex de Souza, Agência Indusnet Fiesp
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, participou na quinta-feira (26/10) de reunião conjunta dos Conselhos Superiores de Infraestrutura (Coinfra) e da Indústria da Construção (Consic) da Fiesp, onde apresentou a carteira de investimentos da pasta, que chega a R$ 69,7 bilhões. Desse total, 78% serão oriundos da iniciativa privada.
As concessões somam R$ 29 bilhões, em 134 empreendimentos. Em relação aos portos, que deverão ser o principal destino dos investimentos, a previsão é de que os aportes ultrapassem os R$ 54 bilhões, incluindo o Porto de Santos.
“O litoral brasileiro concentra 80% do PIB. Faremos muito investimento em dragagens, em reformas de movimentação e aumento da capacidade, como por exemplo no Porto de Santos, onde deverão ser investidos R$ 13,4 bilhões”, explicou. Costa Filho disse que, em novembro, o presidente Lula e o governador Tarcísio de Freitas deverão anunciar de modo conjunto detalhes sobre o túnel entre Santos e Guarujá.
Em relação aos aeroportos, o ministro calculou cerca de R$ 10 bilhões em investimento, incluindo o aeroporto do Guarujá, que tem valor estimado de R$ 27,9 milhões. “Hoje, 90% dos aeroportos são cuidados pela iniciativa privada, mas contamos com mais R$ 9 bilhões para concessões, que incluem 49 empreendimentos”, explicou o ministro Costa Filho.
A fim de gerar mais concorrência e melhorar os serviços para os usuários do sistema de transporte aéreo, a ideia do governo é abrir o mercado para que empresas internacionais também operem no Brasil. O ministro disse ainda que existem muitas oportunidades em relação aos voos de carga e nos serviços regionais: “Temos um plano de aviação regional que prevê a construção de 99 novos aeroportos, para os quais queremos atrair empresas low cost”.
Costa Filho disse ainda não ter dúvidas de que a região metropolitana de São Paulo terá mais um aeroporto. A questão é em que momento. “Estudos estão sendo encomendados para avaliar timing e modelo”, completou.
De acordo com o ministro, nos últimos 30 anos muito pouco se fez em relação às hidrovias, que podem contribuir sobremaneira para desafogar o tráfego de caminhões, uma vez que para cada 25 barcaças utilizadas 1.200 carretas podem ser retiradas de circulação. “Isso reduz o custo da operação em quase 40%, além de ser ambientalmente mais sustentável”, disse.
Estão previstos R$ 4,1 bilhões de investimento hidroviário na carteira do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com 48 empreendimentos regionalizados que abarcam quase todo o valor.
Em sua exposição, o ministro disse ainda que o Brasil voltou a despertar interesse dos investidores: “Temos uma agenda econômica correta, a retomada do diálogo institucional com os poderes e com os setores da sociedade”. “O Brasil passou a ser uma janela de oportunidade, pois quando se tem paz institucional, os investidores são atraídos”, afirmou o ministro, que foi recebido pelo presidente do Ciesp e vice-presidente da Fiesp, Rafael Cervone.
A Fiesp e o Ciesp têm trabalhado forte na agenda de reindustrialização do país e para retomar os investimentos em infraestrutura. Essa visão de longo prazo visa reduzir os gargalos e aumentar a eficiência da economia brasileira e da indústria, em particular.
Costa Filho destacou a importância da indústria para o desenvolvimento. “Precisamos pensar mais nas próximas gerações do que nas próximas eleições, pois está em jogo a economia do país. O maior programa social que podemos ter é a geração de emprego e renda, pois isso é que traz bem-estar para as pessoas”, observou.
Alex de Souza, Agência Indusnet Fiesp
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