Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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China é desafio ao maquinário alemão

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Foto: (Reuters)
Mary M. Lane
The Wall Street Journal, de Berlim


A concorrência crescente da China tem forçado as fabricantes alemãs de máquinas a reavaliar como poderão preservar a vantagem que as tornou uma base da economia exportadora do país.

Os chineses começaram a ganhar terreno em seu mercado interno, motivando uma certa preocupação das indústrias alemãs sobre a competitividade de um setor que responde por 7% da economia da Alemanha. As empresas alemãs enfrentam uma indústria apoiada pelo Estado e que está crescendo, em boa parte, graças a aquisições e mão de obra barata, e que está aprendendo com a evolução da indústria têxtil chinesa ocorrida há 20 anos.

"A Alemanha precisa se concentrar na qualidade e na inovação, porque a China logo deve assumir a liderança da produção de máquinas em grande escala", diz Bernd Reitmeier, ex-integrantes da Câmara Alemã do Comércio na China.

Muitos especialistas no setor dizem que a reputação alemã de confiabilidade e qualidade em engenharia deve ajudar o setor a suportar o desafio chinês à sua liderança em máquinas sofisticadas, como equipamentos industriais e de perfuração, bem como em outros segmentos de engenharia. Mesmo assim, a evolução da indústria chinesa ressalta os obstáculos de longo prazo enfrentados pelas empresas alemãs para se manter à frente da inovação diante da redução da oferta local de engenheiros e outros trabalhadores especializados.

As empresas alemãs — a maioria pequenas e de controle familiar — continuam a dominar o mercado chinês de máquinas sofisticadas, avaliado em 75 bilhões de euros a 85 bilhões de euros (US$ 110 bilhões a US$ 120 bilhões), diz Axel Berke, pesquisador da consultoria alemã Struktur Management Partner. Ele e Reitmeier escreveram um relatório da Struktur divulgado recentemente que trata do desafio à Alemanha na China na venda de máquinas de alto padrão em setores como automotivo, energético, de construção e de aviação.

O faturamento dos produtores chineses desse tipo de máquina aumentou 76% desde 2006, para 123,7 bilhões de yuans (US$ 19,1 bilhões) em 2009, o ano mais recente de que há números disponíveis, segundo o governo chinês.

As exportações alemãs de máquinas sofisticadas à China chegaram a 15,13 bilhões de euros ano passado, uma alta de 34% em relação a 2009, segundo estatísticas do governo alemão. Embora os números da China e da Alemanha não sejam diretamente comparáveis, as empresas chinesas parecem que estão conseguindo ganhar terreno.

Analistas dizem que a concorrência crescente não deve afetar grandes empresas alemãs como a Siemens AG e vai prejudicar mais as fabricantes de máquinas do chamado "mittelstand", como são conhecidas as milhares de pequenas e médias empresas que formam a base da economia exportadora da Alemanha.

Fonte: WSJ

 



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