Fonte: jornal TodoDia-Americana-SP - Indústrias têxteis de quatro cidades da RMC ( Região Metropolitana de Campinas) sofrem com a entrada facilitada de produtos chineses no País.
A concorrência chinesa impede a produção mensal de 20 milhões a 30 milhões de metros lineares de tecido e retira R$ 200 milhões do faturamento do setor em Americana, Santa Bárbara d'Oeste, Nova Odessa e Sumaré. A informação é do Sinditec, sindicato patronal da região.
Por este motivo, o governo federal estuda formas de proteger o produto nacional, com a elevação da alíquota de importação de itens têxteis. Hoje, a OMC (Organização Mundial do Comércio) estabele alíquota máxima de 35%, que já incide sobre o vestuário. A alíquota de tecido é de 26% e de fio de 18% na maior parte dos itens.
A sensibilização do governo sobre os efeitos da concorrência chinesa no setor foi considerado como um sinal positivo, apesar de tardio, pelo presidente do Sinditec, Fábio Beretta Rossi.
Para ele, a medida de elevação da alíquota pode reduzir entre 5% e 10% o impacto causado pelas mercadorias chinesas no País, dependendo sobre quais itens incidirem. " O governo também vai ter de lutar contra um lobby muito forte dos importadores e do comércio varejista. Por enquanto, tudo isso é apenas uma indicação, sem concretização de fato ".
Para o Sinditêxtil - o sindicato das indústrias paulistas -, há risco da elevação de alíquota para importação, incentivar ainda mais as importações de vestuário. " Com o aumento do custo da matéria-prima, seria mais vantajoso importar a peça acabada da China, o que causaria um enorme impacto em toda a cadeia ", disse o presidente da entidade, Alfredo Emílio Bonduki.
Para ele, ao invés de alterar a alíquota, o governo deveria regulamentar as margens de preferência para fornecedores nacionais nas compras do governo. Uma Medida Provisória permite que o Executivo aceite preços até 25% maiores que os oferecidos por competidores internacionais, nas licitações do setor público.
" Outra medida seria a adoção de barreiras não-tarifárias ao ingresso de mercadorias têxteis chinesas e também reduzir a taxa de juros Selic", disse o empresário. " Essa alta taxa exige do setor um capital de giro maior, frente a uma alta do custo da produção em decorrência, principalmente, do aumento do algodão", salienta.
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