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China visa dobrar capacidade solar até fim do ano

Inserido pelo colega Edison Bittencourt

China visa dobrar capacidade solar até fim do ano


Jéssica Lipinski, do Instituto CarbonoBrasil

Fica na China o maior edifício do mundo abastecido por energia solar
A maior fabricante de paineis fotovoltaicos e oitava maior consumidora de energia solar do mundo planeja aumentar ainda mais a sua fatia na indústria solar global. No sábado, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC em inglês) da China anunciou que o país pretende dobrar sua capacidade solar, chegando a 2 gigawatts (GW). Com isso, estima-se que em dois anos o país se torne o maior mercado solar do mundo.

 

De acordo com o relatório produzido pelo Instituto de Pesquisa em Energia (ERI em inglês) a pedido da NDRC, a China, que alcançou 900 GW de capacidade solar em 2010, deverá produzir neste ano 90 mil toneladas de polissilício, material utilizado na fabricação das placas solares fotovoltaicas. Essa quantia representa 80% da demanda nacional de polissilício. No último ano, o país produziu cerca de 40 mil toneladas do material. Em 2010, a China fabricou 48%, ou 13 GW, dos paineis solares mundiais.

No mês passado, o país estabeleceu um modelo de referência unificado para as tarifas de alimentação de energia solar. As taxas começaram em um Yuan (US$ 0,16) por kWh para projetos aprovados após 1º de julho, e em 1,15 Yuan (US$ 0,18) por kWh para projetos aprovados antes de 1º de julho e que serão completados até o fim deste ano.

Para Wang Sicheng, pesquisador do ERI, “as taxas devem variar de acordo com a densidade dos recursos solares (em determinada área)”. Segundo Wang, no oeste da China, onde há mais recursos solares, o índice deve ficar em um Yuan. Já no leste, a taxa deve ser fixada em 1,6 Yuan (US$ 0,25).

No entanto, os investidores ainda estão cautelosos com as perspectivas da indústria solar, já que há uma preocupação de superaquecimento no setor por causa da meta do governo de atingir a capacidade solar de 10 GW até 2015, elevando a participação da energia solar no país para 11,4%.

“Qualquer política deve estar de acordo com a escala e com o andamento do desenvolvimento, em vez de estimular uma nova rodada de superaquecimento”, declarou Li Junfeng, diretor do ERI.

(Instituto CarbonoBrasil)

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