CNI defende avaliação permanente das medidas do Plano Brasil Maior

[Romildo de Paula Leite]

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) propôs o acompanhamento e a avaliação permanentes das novas medidas do Plano Brasil Maior, de modo a ajustá-las com rapidez, se for necessário. A sugestão foi feita nesta quinta-feira, 10.05, pelo gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, em audiência pública da comissão mista que analisa o Plano Brasil Maior, no Senado.

Segundo ele, os 19 conselhos de competitividade instalados no lançamento da nova etapa do Plano Brasil Maior, no dia 3 de abril último, são um mecanismo essencial no acompanhamento das medidas. "Os conselhos, integrados por representantes do governo, empresários e trabalhadores, são cruciais para verificar ajustes que precisam ser feitos, como a necessidade de novas medidas ou a inclusão de novos setores no Plano", salientou Castelo Branco.
 

Ele defendeu agilidade na aprovação do Plano Brasil Maior pelo Congresso, porque é urgente, na sua opinião, ampliar a competitividade das empresas brasileiras. Foram discutidas, na audiência pública, as Medidas Provisórias 563/12, que trata da desoneração da folha de pagamento de setores da indústria, e 564/12, que prevê a destinação de R$ 45 bilhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ampliar a oferta de crédito de longo prazo.
 

De acordo com o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, as duas MPs têm forte impacto sobre a indústria, sobretudo a que desonera a folha de pagamento. "Essa é uma questão polêmica e complexa, pela necessidade de recursos fiscais, o que fez com que os encargos sobre a folha fossem substituídos pelo faturamento das empresas", declarou.

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