Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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CNI lança prêmio para estimular a representatividade sindical da indústria

Iniciativa faz parte do Programa Excelência Sindical, estratégia que busca fortalecer e promover a atuação das entidades que representam o setor industrial.

imagem colorida de telas e pessoas reunidas em sala

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou hoje (24) o Prêmio Excelência Sindical da Indústria 2024, que vai reconhecer as federações e sindicatos empresariais que têm se destacado na promoção e fortalecimento do sistema sindical da indústria. O prêmio integra o Programa Excelência Sindical, que visa valorizar, ampliar e fortalecer a representatividade do setor. 

A inciativa é uma parceria com as federações de indústria de todo o país, que vão compor uma rede de trabalho permanente sobre o tema. O grupo vai propor ações de mobilização e relacionamento para engajar a Rede Sindical, capacitações e atividades para fortalecimento da representatividade do setor industrial e atração de associados. 

O presidente da CNI, Ricardo Alban, explica que essa é uma ação estratégica da CNI para ampliar a força e a representatividade da indústria.

“Quando idealizamos esse programa, estabelecemos como principal premissa a promoção da articulação e o diálogo contínuo entre a CNI e as federações da indústria, com o propósito de desenvolver as nossas entidades sindicais. Essa rede será um canal permanentemente aberto para troca de experiências e aprendizado contínuo e colaborativo no desenvolvimento e implementação de projetos que fortaleçam os nossos sindicatos e que, consequentemente, contribuam para o desenvolvimento do setor e do país, estimulando, desta forma, o nosso principal objetivo de estar muito próximo das indústrias”, destaca Alban.


Mobilização, troca de experiências e promoção do associativismo 

O Programa Excelência Sindical se organiza em eixos. O primeiro deles é a Rede Sindical, que prevê ações de mobilização e relacionamento, com foco na disseminação de experiências e boas práticas relacionadas ao associativismo no setor industrial.

O segundo eixo, capacitações, é voltado para disseminar conhecimento, atrair associados, fortalecer e promover o sistema de representação da indústria. Para isso, são previstas atividades como ciclo de palestras, mesas redondas e lives, entre outras ações. 

“Estamos com uma expectativa muito grande para que as federações e sindicatos abracem essa ação e façam uma adesão em massa”, destacou a chefe de gabinete da CNI, Danusa Amorim, durante a reunião inaugural que deu início aos trabalhos do Programa. 

Para o diretor de Relações Institucionais, Roberto Muniz, além de fortalecer a relação da CNI com a base do setor, a iniciativa vai contribuir para o enfrentamento de desafios na área das relações do trabalho.

“Não queremos ficar só olhando pelo retrovisor, queremos olhar para frente e enfrentar os novos desafios nas relações do trabalho. E tudo inicia com sindicatos fortes, representativos e qualificados”, disse.

Terceiro eixo do programa, o Prêmio Excelência Sindical da Indústria 2024 celebrará iniciativas desenvolvidas por federações e sindicatos da indústria no período de 1/1/2023 a 28/4/2024.

A premiação contemplará três federações e três sindicatos, e os resultados serão conhecidos e entregues no final do ano, durante o Encontro Nacional da Indústria (ENAI). O edital completo será divulgado às federações da indústria de todo o país.

Cenário sindical é tema de debate

Durante a reunião inaugural do Programa Excelência Sindical, o professor José Pastore, especialista em Relações do Trabalho e Recursos Humanos, e o juiz do Trabalho Otávio Torres Calvet debateram o cenário sindical e seus desafios.

Ambos defenderam o fortalecimento das negociações coletivas e discutiram questões relacionadas à contribuição assistencial.

Pastore pontuou que as negociações coletivas estão ficando cada vez mais complexas e as exigências impostas pela modernização do trabalho exigem capacitação dos negociadores e dos sindicatos empresariais.

O professor também defendeu maior interface das empresas e sindicatos com o poder público e o judiciário, destacando que a segurança jurídica nas relações trabalhistas é fundamental para o crescimento econômico e o desenvolvimento do país.

Para vencer o desafio de aproximação com os sindicatos empresariais, Pastore destacou que é muito importante que as federações e a própria CNI entendam as necessidades dos empresários.

O juiz Otávio Calvet defendeu o fortalecimento das negociações coletivas como forma de combater o ativismo judicial. Em relação à contribuição assistencial, há diversos pontos relacionados ao tema que suscitam dúvidas e questionamentos. 

Para Calvet, o assunto contempla duas instâncias distintas de discussão: a primeira é se é possível criar a contribuição assistencial para todos - associados e não associados (tema já decidido pelo Supremo Tribunal Federal) e a outra diz respeito à cobrança.

Uma das preocupações é quanto à forma de cobrar, já que para descontar do salário, o empregador precisa de autorização do empregado. Outro aspecto é se a contribuição assistencial também pode ser cobrada pelo sindicato patronal.

Por: Silvia Cavichioli

Fotos: Gilberto Sousa/CNI
Da Agência de Notícias da Indústria

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