Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Coleção de inverno chega mais cara às prateleiras

 
 
Previsão do Sindivest-PR é de altas entre 5% e 10% no preço das roupas por aumento de custos da matéria-prima

Os consumidores precisam se preparar para o inverno deste ano, que promete preços mais altos. Mesmo que as temperaturas não cheguem a índices históricos, os preços das roupas de inverno devem estar entre 5% e 10%, em média, superiores aos do inverno de 2010. A previsão é de Ardisson Naim Akel, presidente do Sindicado da Indústria do Vestuário do Paraná (Sindivest PR), em função dos reajustes ocorridos nas cotações de commodities essenciais a produção dos tecidos de fibras naturais e sintéticas. “Além do algodão que já apresenta altas recordes, o petróleo que é essencial para a produção de tecidos de fibras sintéticas também está com preços bastante altos, em função da instabilidade polpítica atual do Oriente Médio, principalmente na Líbia”, afirma o executivo.
Apesar de empresários da região Sudeste apontarem para remarcações de até 25% nas etiquetas, Akel diz que os empresário tentará equacionar os aumentos. “Pode ser que em algumas peças os preços fiquem acima dos 10%, mas serão casos pontuais, até porque o mercado não suporta grandes remarcações”, argumenta.


Divergências de porcentuais a parte, os números do levantamento semanal do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) para a elaboração do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) já apontam altas no Grupo Vestuário. A segunda prévia do mês de março apresenta variação de 0,60% no IPC. Entre os itens pesquisados, os que mais influenciaram da ordem da maior para a menor contribuição, agasalhos feminino e infantil aparecem com variações positivas de 40,95% e 38,03%, respectivamente.
A franqueada da marca paulista Mixed, do Shopping Crystal, Giselda Ditzel, semcitar porcentuais confirma que houve uma majoração dos preços frente aos do ano passado, tanto nos tecidos quanto nos aviamentos. “Mas como eles ficaram dentro do mark up da marca  — termo econômico para designar o porcentual do preço de venda que paga as contas — e, por isso, não houve repasses aos preços dos produtos”, diz.
A empresária acrescenta ainda que, mesmo que o tecido da peça não seja em algodão, o produto é usado nos acabamentos. “Ele está presente em todo o processo, no jeans, no caseado do botão, no zíper”, cita.  Giselda acredita que os aumentos do custo da matéria-prima no mercado internacional deverão ter maior reflexo na coleção de verão. “As peças (tecido) são compradas sempre com pelos menos 6 meses de antecedência, então acho que esses aumentos de agora no preço da matéria-prima irão levar mais ou menos este tempo para chegar ao preço final das roupas”, afirma.
A estilista Karina Kulig, do atelier de mesmo nome, conta que tem conseguido, por enquanto, equacionar os custos com os produtos importados. “O dólar mais forte frente ao real deixou os produtos importados mais competitivos e, como a minha matéria-prima é mais importada, eu ainda consigo equilibrar um pouco”, conta.

 

 

FONTE:  BEMPARANA

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