Fonte:|economia.ig.com.br|
Com projetos sem contrato de venda que valem uma Belo Monte em geração elétrica, o empresário Eike Batista lança nesta terça-feira (12) a primeira bolsa de energia do País. O negócio será criado pelo dono da EBX em parceria com Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas; Marcelo Parodi, que comanda a comercializadora Compass Energia; e a Intercontinental Exchange (ICE), responsável pela tecnologia da nova bolsa. Batizada de BRIX, a bolsa foi bem recebida por analistas e representantes do setor ouvidos pelo iG.
“Esta bolsa vai procurar fazer um ajuste, um ajuste que é uma necessidade que o mercado de energia tem hoje. Vai dar mais previsibilidade tanto para quem tem sobra como para quem precisa comprar eletricidade”, afirma o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), Nivalde Castro.
Para o presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Antônio Carlos Fraga Machado, a nova bolsa vai dar mais segurança e liquidez aos negócios. “Eles estão querendo fazer um ambiente de aproximação entre compradores e vendedores de energia. Isso dará mais segurança e transparência aos negócios”, afirma.
Depois de negociarem na bolsa de Eike, fornecedores e consumidores terão de validar as operações de compra e venda na CCEE, responsável por registrar oficialmente as operações, segundo informa Machado.
Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) Adriano Pires, a bolsa propiciará ao mercado mais transparência, pois será um ambiente em que vendedor e comprador poderão trocar informações, sem ficarem apenas dependendo da figura do comercializador de energia. Os analistas destacam que a bolsa não concorre com os leilões de energia promovidos pelo governo porque, ao contrário deles, a bolsa será direcionada a contratos de energia livre e não à energia destinada às grandes distribuidores, atrelada ao chamado mercado cativo.
Projetos da MPX
Entre os ativos de energia de Eike Batista , as usinas termelétricas MPX Itaqui (MA) e Pecém (PE), com capacidade de geração de 1,4 mil MW, já têm contratos de venda. Itaqui entra em operação ainda neste ano, assim como metade do projeto de Pecém. Em parceria com a holding EDP, o projeto de Pecém tem previsão de ser totalmente concluído em 2012.
Cerca de 11 mil MW previstos em projetos em desenvolvimento pela MPX – empresa de energia do grupo EBX – ainda não têm contrato. O volume equivale à capacidade instalada de Belo Monte, hidrelétrica alvo de polêmica que o governo pretende instalar no rio Xingu, no Pará. São térmicas movidas a gás natural e a carvão que serão instaladas no Porto do Açu (RJ), no Rio grande do Sul, no Maranhão e no Chile. Eike pretende gerar 2 mil MW no Chile e outros 10 mil MW no Brasil (incluindo os projetos de Itaqui e Pecém, quase prontos).
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