Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Com projetos que valem uma Belo Monte, Eike lança bolsa de energia

Fonte:|economia.ig.com.br|

Com projetos sem contrato de venda que valem uma Belo Monte em geração elétrica, o empresário Eike Batista lança nesta terça-feira (12) a primeira bolsa de energia do País. O negócio será criado pelo dono da EBX em parceria com Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas; Marcelo Parodi, que comanda a comercializadora Compass Energia; e a Intercontinental Exchange (ICE), responsável pela tecnologia da nova bolsa. Batizada de BRIX, a bolsa foi bem recebida por analistas e representantes do setor ouvidos pelo iG.

“Esta bolsa vai procurar fazer um ajuste, um ajuste que é uma necessidade que o mercado de energia tem hoje. Vai dar mais previsibilidade tanto para quem tem sobra como para quem precisa comprar eletricidade”, afirma o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), Nivalde Castro.

Para o presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Antônio Carlos Fraga Machado, a nova bolsa vai dar mais segurança e liquidez aos negócios. “Eles estão querendo fazer um ambiente de aproximação entre compradores e vendedores de energia. Isso dará mais segurança e transparência aos negócios”, afirma.

Depois de negociarem na bolsa de Eike, fornecedores e consumidores terão de validar as operações de compra e venda na CCEE, responsável por registrar oficialmente as operações, segundo informa Machado.

Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) Adriano Pires, a bolsa propiciará ao mercado mais transparência, pois será um ambiente em que vendedor e comprador poderão trocar informações, sem ficarem apenas dependendo da figura do comercializador de energia. Os analistas destacam que a bolsa não concorre com os leilões de energia promovidos pelo governo porque, ao contrário deles, a bolsa será direcionada a contratos de energia livre e não à energia destinada às grandes distribuidores, atrelada ao chamado mercado cativo.

Projetos da MPX

Entre os ativos de energia de Eike Batista , as usinas termelétricas MPX Itaqui (MA) e Pecém (PE), com capacidade de geração de 1,4 mil MW, já têm contratos de venda. Itaqui entra em operação ainda neste ano, assim como metade do projeto de Pecém. Em parceria com a holding EDP, o projeto de Pecém tem previsão de ser totalmente concluído em 2012.

Cerca de 11 mil MW previstos em projetos em desenvolvimento pela MPX – empresa de energia do grupo EBX – ainda não têm contrato. O volume equivale à capacidade instalada de Belo Monte, hidrelétrica alvo de polêmica que o governo pretende instalar no rio Xingu, no Pará. São térmicas movidas a gás natural e a carvão que serão instaladas no Porto do Açu (RJ), no Rio grande do Sul, no Maranhão e no Chile. Eike pretende gerar 2 mil MW no Chile e outros 10 mil MW no Brasil (incluindo os projetos de Itaqui e Pecém, quase prontos).

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Comentário de Textile Industry em 13 abril 2011 às 8:26
RIO - O aporte de recursos para a criação da nova bolsa brasileira, voltada inicialmente para a negociação de energia elétrica, a Brix, foi de R$ 15 milhões, com expectativa de que o volume seja elevado em mais R$ 10 milhões.

De acordo com o presidente da empresa, Marcelo Mello, se houver necessidade, os sócios poderão realizar novos aportes. Outra forma de capitalização também está sendo estudada: a abertura de capital, com lançamento de ações no mercado de valores mobiliários. Esse seria um passo ainda distante no cronograma da empresa, que prevê o início dos negócios em junho, ainda na sua primeira fase, de compra e venda de energia elétrica.

Nessa etapa, os contratos terão apenas liquidação com entrega física de energia elétrica, por meio de registro na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A estimativa é que haja um fator multiplicador de negócios de 2,5 vezes pela simples facilidade de negociação e transparência trazidas pela nova bolsa.

Já a segunda fase da bolsa deve acontecer com o lançamento de contratos de derivativos de energia com liquidação financeira, isto é, sem a necessidade de entrega da energia. E, com o aumento da liquidez dos contratos, será estabelecida uma câmara de compensação e liquidação, chamada de clearing house.

Somente após a consolidação dos negócios previstos para a bolsa é que se poderia pensar em abrir o capital, afirmou o presidente. Um exemplo usado como meta é o próprio caso de um dos sócios, a bolsa internacional IntercontinentalExchange (ICE), que tem capital aberto no exterior. De acordo com o diretor de operações, Chuck Vice, seu valor de mercado chega a US$ 8,5 bilhões.

O presidente da ICE, Jeffrey Sprecher, disse que as discussões para a criação da Brix foram iniciadas há três anos, utilizando-se como base a experiência europeia, já que a ICE existe desde 2000. A ICE já tem atualmente cinco clearings.

Os sócios responsáveis pelo aporte são Eike Batista, com 23,75% de participação, Josué Gomes da Silva (CEO da Coteminas), Marcelo Parodi (CEO da Compass Energia) e a IntercontinentalExchange (ICE). O economista Roberto Teixeira da Costa tem 5% da nova empresa.

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