“A nossa preocupação sempre é colocar essa experiência, que os alunos do SESI têm, para toda a escola pública brasileira. Nós queremos transformar a educação no país e é isso que nós estamos fazendo”, destaca Lucchesi.
Engenheiros, programadores e, acima de tudo, artistas
Nessa temporada, a arte é o carro chefe das atrações nas arenas e nos pits, que são os estandes onde os competidores apresentam os projetos de inovação e engenharia.
Para a competidora Tainá Cardoso, 15 anos, da equipe Pumpkings, da Cooperativa de Ensino de Rio Verde (GO), essa temporada é uma grande inovação, porque traz a arte como elemento central do universo pragmático da robótica.
“Foi uma junção incrível, ninguém nunca imaginaria robôs com arte. Me inspirou bastante, porque trouxe cores a uma área que muitas pessoas achavam que era só tecnologia”, declara a estudante.
A equipe BahTech, de Gravataí (RS), é estreante na competição da categoria intermediária, a FIRST Tech Challenge (FTC), e buscou inspiração no movimento expressionista abstrato.
Batizado de Pollock, o robô do time gaúcho traz outras referências à arte, além do nome do pintor norte-americano. “Nas tampas do motor do nosso robô, o Pollock, colocamos tintas nas cores primárias”, conta Mariana Pimentel.
Apostila ilustrada ensina programação à comunidade indígena
E, se você acha que a arte está restrita às competições com robôs e não tem espaço em uma corrida de automobilismo, está enganado. Caroline Nanami é responsável pelo marketing da equipe Tupã, de São José dos Pinhais (PR), que compete pela F1 in Schools. Além de fazer o design do carro, dos uniformes e dos pôsters do pit, ela ilustrou uma apostila para ensinar programação para crianças e adolescentes de comunidades indígenas.
“Da última vez, viajamos sete horas para visitar a aldeia. Já alcançamos 250 crianças e estamos em contato com o cacique Miguel Alves, que é responsável por todas as aldeias do Paraná”, conta Caroline
.
Por meio de uma parceria com a secretaria estadual de educação do estado do Paraná, eles também pretendem chegar às escolas públicas.
Para completar a combinação perfeita de arte e tecnologia, que torna essa edição do torneio de robótica especial, a competição está maior. São 265 equipes competindo nas quatro modalidades: FIRST LEGO League Challenge (FLLC), FIRST Tech Challenge (FTC), FIRST Robotics Competition (FRC) e F1 In Schools.
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