Um dos papos mais falados em reuniões de trabalho mundo afora, o ato de criar produtos ou serviços dentro de uma empresa e desenvolvê-los até eles virarem novos negócios em si recebe o nome de intraempreendedorismo.
Pouca gente conhece o tema por este nome. O mais usual é chamar a iniciativa pelo jargão corporate venture building (CVB, na sigla em inglês), algo como construção de empreendimentos dentro de uma empresa, numa tradução livre ao português.
Uma pesquisa inédita da ACE Cortex, empresa de tecnologia sediada em São Paulo e especializada nesse tipo de iniciativa dentro de organizações de porte, como Vivo, Unilever, Gerdau e Ambev, indica um alto grau de conhecimento do CVB nas empresas. Dito isso, há gargalos imensos para tirar o intraempreendedorismo do papel.
A pesquisa da Ace Cortex entrevistou 200 profissionais C-level e diretores de empresas com faturamento anual acima de 10 milhões de reais ao longo dos últimos dois meses.
Algumas das principais constatações:
"O mercado já se acostumou com a ideia de inovação vinda de fora para dentro da empresa, vide o sucesso de hackathons e outras iniciativas para aproximar grandes empresas ao universo das startups", diz Luis Gustavo Lima, sócio da ACE Cortex.
O problema está na inovação vinda de dentro para fora da empresa, fluxo típico do intraempreendedorismo. "Ainda falta uma educação mais forte das empresas para esse tema", diz Lima.
O que está por trás do descompasso? A maturidade das empresas para lidar com as boas ideias de negócios trazidas pelos seus funcionários é um dos gargalos.
Um dos principais desafios é adotar rituais e métodos para tirar boas ideias da cachola de funcionários e transformá-las em produtos ou serviços viáveis para venda.
Para 31% dos entrevistados, a principal dificuldade para o CVB é o pouco espaço dado para o tema dentro da estratégia da companhia.
Falta, ainda, preparo dos funcionários para trabalhar com inovação — motivo principal para 17% dos entrevistados.
"Um erro típico das organizações é tirar uma pessoa de alto desempenho numa função core da empresa para colocá-la num cargo de liderança na área de inovação", diz Lima.
"Nem sempre o bom resultado numa área é garantia de sucesso na outra."
A grande maioria das empresas que não praticam CVB (79,2%) afirmam ter uma baixa ou média maturidade para trabalhar com inovação. Ou seja, muitas declaram ter uma estratégia, mas possuir poucas ou nenhuma iniciativa de inovação rodando paralelamente.
Das que praticam o CVB no seu dia a dia, a maioria (60,4%) criou uma área interna dedicada em tempo integral para lidar com a criação de novas empresas, seja por meio de um departamento de novos negócios, um comitê de inovação, ou um programa de intraempreendedorismo full-time;
Há três grandes objetivos que guiam a estrutura de CVB nas empresas: aumentar o portfólio de produtos e serviços (60,4%), gerar novas fontes de receita (54,2%), entrar em mercados estratégicos (50%);
A grande maioria das empresas (73%) lançou entre 1 a 5 novos negócios a partir da sua área de CVB.
Por Leo Branco
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