ia de “o que é pra ser, será”? Perto de completar os dois anos de estágio, ele saiu da Igeprev para trabalhar em outra empresa. Não passou um mês e o presidente da Igeprev pediu pra Henrique voltar. Só que, dessa vez, como funcionário.
“Descobri que passei no estágio no dia do meu aniversário, 8 de outubro de 2019, e fui efetivado no dia 8 de outubro de 2021. Passei de estagiário para um cargo de supervisor de estagiário”, relembra Henrique.
Quando pensa nos motivos que levaram a empresa a querer contratá-lo, ele destaca: proatividade e prestatividade, atenção, e disposição para aprender. “Sempre procure fazer o certo, mesmo que você erre. É o que eu digo. Acredito que quem erra é quem está tentando”, ressalta.
2º passo: todo esforço pode ser recompensado
A lição de Onilia Mendonça, psicóloga de 29 anos, é: aproveite todas as oportunidades de mostrar o seu trabalho.
Em 2019, ela era estagiária do IEL do Mato Grosso do Sul. Um dia, sozinha no setor, um recrutador da multinacional ADM, do setor de alimentos, ligou pedindo currículos de técnicos em segurança.
“Quem poderia responder isso seria o pessoal do SENAI e não do IEL, mas me esforcei para ajudar o recrutador”, cita. Isso abriu caminhos para que ela mesma se candidatasse a vagas na multinacional. Um dia depois de mandar o currículo para a empresa, ela recebeu uma ligação para fazer uma entrevista e, em seguida, foi contratada como assistente de RH.
“As oportunidades vão aparecer, você só precisa saber como vai usá-las para contar sua história. O estágio é o momento de mostrar do que você é capaz e usar isso ao seu favor”, explica Onilia.
3º passo: saiba quem são as pessoas de referência na empresa
Paulo Palaez, 28 anos, empresário e CEO da Lovel.dev, também foi um estagiário do IEL-CE e, atualmente, ele contrata os estagiários para sua empresa. A dica dele é: saiba como funciona todos os setores da empresa, independentemente da sua área; e foque em cursos de oratória e venda.
“Independe da sua área, saiba quem são as pessoas referências na empresa, assim, além de entender como funciona o lugar, você consegue resolver demandas rapidamente. O estagiário precisa mostrar que o que ele faz é relevante e que ele tem potencial de conhecimento. Com esse networking, dentro das áreas, ele consegue ter maior possibilidades de contratação”, contou Paulo.
O curso de oratória e venda é um bônus pessoal no crescimento profissional. Ele explica que saber discursar e se comunicar é essencial para qualquer profissional. No caso da venda, é saber se vender, vender a empresa ou as suas atividades e saber vender a importância delas para a empresa.
4º passo: demonstre interesse pela sua futura profissão
Hoje, Alisson Calou contrata estagiários para a sua empresa de engenharia. Mas ele também já passou por essa fase. Com a experiência, o engenheiro mecânico de 33 anos observa um aspecto peculiar na hora de recrutar estagiários: se o candidato demonstra interesse e compromisso com o que faz.
“Quando eu contrato um estagiário, não espero que ele saiba tudo. Mas que ele faça bem o que se propõe a fazer. Na hora da efetivação, a trajetória e o crescimento dele fazem total diferença”, conta.
Quando ele tinha 18 anos foi contratado por uma montadora de carros. Enquanto estava lá, venceu a final nacional do Prêmio IEL de Estágios. Agora como dono do próprio negócio, a Oficineira Engenharia, ele ainda tem vínculos com o IEL.
“É um ciclo legal, o pessoal do IEL sempre me ajudou, desde a época do prêmio até hoje. Sempre que preciso de novos estagiários, eu ligo para eles e peço ajuda”, fala.
5º passo: ouça a voz da experiência
Júlia Homem, de 22 anos, começou o estágio, em 2021, no IEL do Rio Grande do Sul remotamente. Apesar das dificuldades de um trabalho online, a estudante tirou algumas lições: ser resiliente, aprender a resolver problemas e saber se comunicar melhor.
“Aprendi a explicar minhas dificuldades, saber pedir ajuda e ter feedback do que eu precisava melhorar. Aprendi a falar, mas também a ouvir. Logo depois, voltamos para um sistema híbrido e foi muito importante para, não só me conectar com as pessoas, mas entender o ambiente e os processos”, conta Júlia.
O momento de virada foi entender o processo de escuta e retorno. Ela conta que, muito além de entender as críticas, ela precisou aprender a não levar para o pessoal. Afinal, como diz a estudante, “ouvir as pessoas que estão há mais tempo no mercado de trabalho faz toda a diferença”. Os feedbacks não são para te magoar, mas sim te ajudar a melhorar e evoluir.
6º passo: valorize o trabalho em equipe
O engenheiro mecânico Hylston Silva Lopes, de 25 anos, começou no mercado de trabalho dentro da mesma empresa em que trabalha hoje, a Aperam South America, indústria de aço. Como estagiário, ele lembra de dicas importantes, como aprender com quem é mais experiente, não parar de estudar e também a importância da cooperação com os colegas de trabalho.
Na empresa, os estagiários participam do “Projeto Aplicativo”, em que os jovens são divididos em times multidisciplinares para resolver ou desenvolver soluções de uma área da empresa.
Em 2018, o time de Hylston foi o campeão, com a criação e implementação de uma metodologia para revisão de planos de manutenção, desde o cadastro dos ativos até o plano em si. No ano seguinte, ele atuou como padrinho de uma equipe, que também levou o prêmio. Segundo Hylston, essa experiência foi fundamental para a sua efetivação.
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