Se as startups unicórnios – avaliadas em mais de US$ 1 bilhão – se tornaram, mesmo no Brasil, muito comuns entre os anos de 2020 e 2021, não se pode dizer o mesmo sobre 2022 (talvez mesmo 2023). Essas empresas voltaram a ser raridade, tanto por conta do cenário global de crise como pela redução do volume de capital de risco disponível no mercado.
Atualmente são 23 os “unicórnios brasileiros”. A plataforma de inovação Distrito – que desde 2019 faz um levantamento chamado “Corrida dos Unicórnios” – listou essa semana as 10 empresas com maior potencial para se tornarem unicórnios, mas não se arriscou a dizer quando. “Em algum momento”, preferiu o redator de um comunicado enviado nessa quarta (15) para a imprensa.
A própria Distrito aponta que é pouco provável que nasçam novos unicórnios no Brasil em 2023. O volume de investimentos caiu de US$ 9,8 bilhões em 2021 para US$ 4,46 bilhões no ano passado.
Em 2022 apenas duas empresas atingiram a marca de unicórnio, as fintechs Neon e Dock. Em 2021 foram 10 empresas.
As 10 startups que a Distrito acredita que serão as primeiras a atingir o status de unicórnio são as seguintes, em ordem alfabética:
Alura (educação)
Cerc (fintech)
Cora (fintech)
Evino (varejo)
Flash (recursos humanos)
Omie (tecnologia)
Órigo Energia (utilities/energia solar)
PetLove (varejo)
Pismo (fintech)
Solfácil (utilities/energia solar)
As fintechs dominam a lista – não por acaso é o setor com maior quantidade de unicórnios no Brasil. As dez empresas receberam ao todo pouco mais de US$ 1,4 bilhão em 38 rodadas ao longo de suas histórias.
“O momento é complexo para todas as empresas de tecnologia no mundo e, no Brasil, não é diferente. Além da restrição de capital, a seletividade dos investidores ficou radicalmente maior”, explica Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito. “Assim, ao longo deste ciclo de ajuste, a probabilidade de surgirem novos unicórnios é baixa.”
O executivo acredita, no entanto, que se trata de um momento com prazo de validade, e que “em algum momento o fluxo de investimento irá retornar com força e os novos unicórnios voltarão a surgir”. A justificativa, diz ele, é o papel de destaque que as startups desempenham no ambiente geral de negócios no Brasil.
A lista desse ano, segundo a Distrito, conta com empresas “mais maduras e estruturadas”, com tempo médio de vida mais alto – o tempo médio que os unicórnios brasileiros levaram para atingir o status foi de cerca de 7 anos, segundo o estudo da empresa feito no ano passado.
“Se olharmos para o tempo médio que as startups levaram para obter o título de unicórnio, as selecionadas estão bastante aderentes. É importante ressaltar que, para isso acontecer, é necessária uma melhora significativa do humor do mercado”, alega Gierun.
A Distrito também divulgou uma lista com 50 startups com alto potencial de se tornarem unicórnios, por possuírem modelos de negócio bem definidos e por já terem recebido investimentos elevados. Juntas essas empresas receberam quase US$ 5 bilhões em aportes.
As fintechs seguem sendo maioria, com 34% da lista. Cinco delas – ou 10% – são healthtechs, setor que nunca gerou um unicórnio no Brasil.
https://itforum.com.br/noticias/conheca-10-unicornios-brasileiros/
Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - CLIQUE AQUI
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2024 Criado por Textile Industry. Ativado por
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI