Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O tsunami monetário, a enxurrada de dólares e a guerra comercial com os EUA entraram na ordem do dia como bandeiras de luta do Brasil nos fóruns de negociações globais.

 

O tsunami monetário, a enxurrada de dólares e a guerra comercial com os EUA entraram na ordem do dia como bandeiras de luta do Brasil nos fóruns de negociações globais. Os desequilíbrios no câmbio decorrentes do aumento de moeda americana em circulação têm inquietado países emergentes e vêm sendo apontados por eles, sistematicamente, como o maior problema a travar o desenvolvimento econômico. A resposta a esse cenário tem sido a crescente escalada protecionista pelos mercados que se sentem atingidos. O Brasil, por exemplo, voltou a taxar mais uma centena de produtos importados e admite lançar novos na lista. Os EUA reagiram às medidas alegando afronta às leis de mercado.

 
Nesse capítulo erram por se tratar de ações soberanas, em sintonia com as regras estabelecidas pela Organização Mundial de Comércio (OMC). Não deixam, porém, de ter alguma razão em protestar por se sentirem prejudicados com as barreiras impostas às suas mercadorias. Queixas dessa natureza são recíprocas. Brasil também perdeu espaço naquela praça por exigências excessivas e taxações além do razoável em suas commodities, especialmente agrícolas, para ficar no caso mais notório. Quem está com a razão? É certo que políticas restritivas estão aos poucos encurtando o espaço para negociações entre os dois países. São faces da mesma moeda de um jogo perigoso. O risco extremo de uma ruptura está fora de cogitação, assim como não é aceitável descartar os canais de entendimento existentes e as câmaras de arbitragem que estão aí para exercer esse papel. 
 
Brasil e EUA experimentaram um alarmante encolhimento no seu comércio bilateral. Algo fora do razoável dado o histórico que já colocou o parceiro americano como o maior comprador dos produtos fabricados aqui. O ponto de equilíbrio nessa discussão pode, e deveria, passar pela sugestão colocada pela presidenta Dilma em seu discurso de abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas, na semana passada, quando disse que as nações precisam gerar alternativas de estímulo conjunto ao crescimento e não o contrário. Decerto o agravamento da recessão encontra um terreno fértil em um ambiente onde as políticas monetárias – como emissão descontrolada de moeda – são as únicas armas usadas para conter desajustes orçamentários e a retaliação a essa prática ocorre através do fechamento de mercados. É bem mais saudável e produtiva a saída negociada de incremento das exportações e importações.
FONTE:  ISTO É DINHEIRO

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