Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Copa gera mais três mil empregos em Apucarana

Fonte:|tnonline.com.br/noticias/economia|

Os tecidos em tom verde e amarelo tomaram conta da linha de produção de dezenas fábricas de bonés, camisetas e outros acessórios de vestuário em Apucarana. Isso por conta do Mundial de Futebol na África do Sul, que
começa no dia 9 de junho.


A Copa da África começou a gerar, em meados de março, cerca de 3 mil
empregos temporários no pólo de confecções de Apucarana. E, ao mesmo
tempo, o empresariado do setor admite um aumento de 20 a 25% no
faturamento das fábricas.


“Neste ano, o principal evento que vai alavancar as vendas no setor é
mesmo a Copa do Mundo”, assinala o presidente do Sindicato das
Indústrias do Vestuário de Apucarana e do Vale do Ivaí (Sivale), o
empresário Jayme Leonel.


Segundo ele, o clima de otimismo com a Seleção Brasileira, do técnico
Dunga, contribuiu para ampliar as vendas de bonés e camisas, que foram
devidamente licenciados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
para os grandes magazines do país.


Mais é na seara dos bonés e camisas promocionais que a maioria das
empresas do segmento estão faturando mais com a Copa do Mundo. O
empresário Sérgio Sato, da Kicker Bonés Promocionais, revela que muitas
empresas aproveitam a euforia dos brasileiros com o mundial de futebol,
para fazer propaganda, distribuindo aos seus clientes bonés e camisetas
com as cores da Seleção. “Estamos aproveitando este bom momento
proporcionado pela Copa da África”, confirma Sato.


Um boom da copa fez com que os cerca de 10 mil trabalhadores do pólo de
bonés de Apucarana fosse ampliado com um contigente de mais 3 mil
funcionários temporários. “Até o início do mundial, esse pessoal tem
emprego garantido e isso pode até ser prorrogado, dependendo da
performance do Brasil na competição”, avalia Jayme Leonel, da Itália
Milano Bonés.


O empresário diz que quanto mais animados estiverem os torcedores da
Seleção Brasileira, mais bonés e camisas serão fabricadas e vendidas
pelas empresas apucaranenses. “Até a convocação de alguns jogadores,
como Neymar e Paulo Henrique Ganso, do Santos, pode contribuir”,
acrescenta.


Em condições normais de mercado, Apucarana, que produz mais de 70% dos
bonés no país, fabrica uma média de 5 a 6 milhões de peças. “Agora esse
número cresceu, para atender a clientela interessada em linkar sua
imagem à Copa do Mundo ou mesmo na venda direta de produtos com as cores
da seleção”, informa Leonel. Além das peças mais comuns (bonés e
camisetas) também tem empresa faturando com gorros, chales, tiaras, nas
cores verde e amarelo.

Otimismo verde e amarelo

Apucarana abriga o maior pólo produtor de bonés do País. Duzentas fábricas de pequeno, médio e grande portes compõem o segmento de bonés,
camisetas e brindes da cidade que, além do carro-chefe (boné) também
produz uma média de 2 milhões de camisetas.


As empresas apucaranenses, conforme estima o Sebrae, são responsáveis
por 80% da produção nacional. Desde o final de dezembro passado, algumas
fábricas começaram a produzir bonés e outras peças com o tema Copa
2010. E a produção vem crescendo a cada mês, de acordo com a proximidade
do mega-evento da África do Sul.


A aposta dos empresários é de que o mundial de futebol vai ajudar, de
forma significativa, na recuperação do faturamento e produção do setor,
que amargou resultados negativos, especialmente em 2009.


A crise financeira internacional prejudou a produção e o faturamento,
que caíram em torno de 40%. Na época, cerca de 20% do pólo ficou
paraticamente paralisado e houve 20% de desemprego no município, devido
ao impacto da crise. As importações de bonés e camisetas da China, em
2009, também contribuíram para a queda dos negócios em Apucarana.


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