Goiano encontrou camisas do órgão com etiquetas de confecções brasileiras.
RIO — Morador do Paraguai há três anos, Paulo Henrique Matias se surpreendeu ao entrar em um hipermercado de Mariano Roque Alonso, na Grande Assunção, e se deparar com uma arara de uniformes dos Correios à venda. As peças, estampadas com o logo antigo do órgão brasileiro, eram negociadas como vestuário pelo equivalente a R$ 10. Ao GLOBO, os Correios informaram que investigam a comercialização "ilegal" das camisas com apoio da Polícia Federal (PF).
O goiano avistou as camisas no hipermercado El Pueblo, pela primeira vez, no fim de junho. Um mês depois, resolveu tirar uma foto das araras e publicar no Facebook. Até a manhã desta segunda-feira, a postagem já havia sido compartilhada mais de 3,6 mil vezes. O estudante chegou a comprar um exemplar para gravar um vídeo, mas devolveu. Ele contou que decidiu avisar a gerência da loja no dia do registro, e as peças saíram do mostruário.
— A gerente ficou muito surpresa. Falei com ela sobre a situação e a proporção (da venda). Pelo visto, imediatamente ela tirou. No dia seguinte, voltei lá e já não tinha mais camisa exposta (...) Sou parte de uma comunidade acadêmica de dois mil brasileiros que fazem Medicina na universidade Maria Auxiliadora, que fica a 500 metros do hipermercado. Não ia demorar muito para um brasileiro se dar conta disso — relatou Matias.
O estudante de Medicina ainda relatou que colegas seus haviam visto as camisas dos Correios à venda antes dele. Mas decidiram não postar nem contatar a gerência. As peças fotografadas por Matias têm etiquetas de duas confecções paranaenses: a B2, de Apucarana, e a Janbonés, de Jandaia do Sul.
A B2 ressaltou, por e-mail, que não tem conhecimento sobre como ocorreu este fato e que, em contato com os Correios, se dispõe a repassar informações. A Janbonés destacou que só vai se pronunciar após receber o parecer da investigação.
A venda das camisas no Paraguai preocupa porque pode servir a criminosos que fingem prestar o serviço de carteiro para invadir propriedades privadas. Os carteiros recebem novos uniformes a cada três meses e nem sempre devolvem os antigos.
Os Correios informaram que possuem "processos rígidos de destinação correta dos materiais que não estão mais em uso, garantindo a descaracterização dos uniformes antes do descarte".
Leia a nota dos Correios na íntegra:
Os Correios informam que a venda de uniformes de carteiros de maneira ilegal está sendo apurada pela empresa com apoio da Polícia Federal. De fato, a empresa produtora dos uniformes que se pode identificar a partir das fotos que circulam nas redes sociais é fornecedora dos Correios.
Contudo, esclarecemos que não houve recusa de material apresentado pelo fornecedor, que sempre apresentou conduta idônea na prestação do serviço. Ressaltamos ainda que os Correios possuem processos rígidos de destinação correta dos materiais que não estão mais em uso, garantindo a descaracterização dos uniformes antes do descarte.
Portanto, os Correios apuram os fatos internamente e junto à PF para que sejam punidos quaisquer envolvidos.
Leia mais: https://oglobo.globo.com/brasil/correios-pf-investigam-venda-ilegal...
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