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"Corrupção e criminalidade elevam o Custo Brasil", diz Sérgio Moro

Ministro participou com o presidente Paulo Skaf de reunião com diretores da Fiesp/Ciesp nesta segunda-feira (14/10)

Alex de Souza, Agência Indusnet Fiesp

Em reunião expandida da diretoria da Fiesp, Ciesp, na tarde desta segunda-feira, o presidente Paulo Skaf recebeu o ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Sérgio Moro, que falou a presidentes de sindicatos e lideranças empresariais de diversos setores.</spanarial','sans-serif';">

O presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, e o ministro Moro assinaram acordo de cooperação técnica para oferecer capacitação profissional a detentos, por intermédio do Senai-SP, e pela Fiesp/Ciesp para a troca de informações sobre mercados ilícitos e combate e prevenção a roubo de cargas.Em sua fala, Skaf enalteceu as ações do Governo Federal na área de Segurança Pública e lembrou que a segurança passa pelos Estados. “A polícia precisa cumprir o seu papel. Lamentavelmente, percebe-se que em São Paulo a polícia está desaparelhada, e a consequência disso é um resultado muito ruim. A questão da segurança depende do que ocorre nos Estados, se os governos estaduais não fazem sua parte, comprometem o resultado do Governo Federal”, disse o presidente.

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Reunião foi realizada no Teatro do Sesi-SP, na Avenida Paulista. Foto: Ayrton Vignola/Fiesp

Ele também citou o combate ao crime organizado como outro ponto essencial para derrubar os índices de criminalidade geral. “Talvez essa deva ser a principal ação do Governo Federal. É preciso desarticular as forças criminosas, combater o tráfico de drogas, retomar o controle dos presídios e integrar as informações entre as polícias, para assim garantir a segurança das pessoas”.

O ministro Moro salientou as ações do governo para garantir a segurança e apontou três objetivos principais: o combate à corrupção, ao crime organizado e à criminalidade violenta. Apresentou os resultados obtidos até o momento e destacou a redução da criminalidade em relação aos dados do ano passado. “O Governo Federal está trabalhando fortemente para reduzir a criminalidade e que a queda dos indicadores deve ser comemorada, mas ao mesmo tempo gera desafios. Se começamos bem, precisamos seguir em frente e terminar melhor”.

Em 2016, os homicídios superaram a casa dos 66 mil. A projeção para este ano, segundo o ministro, é reduzir para algo em torno de 44 mil. “Também é um número ruim, mas bem melhor do que o anterior. Não existe nenhuma razão para que o Brasil esteja condenado a ser um país de insegurança, de crime, sem lei e sem justiça. Precisamos continuar trabalhando com inteligência, com vontade política e de modo incansável no enfrentamento ao crime”.</spanarial','sans-serif';">

Skaf recebeu atletas das equipes masculina e feminina de goalball do Sesi-SP, que conquistaram o título brasileiro da modalidade no último domingo. Foto: Ayrton Vignola/Fiesp

Ao falar sobre o combate à corrupção, o ministro afirmou que além de desmoralizar o país, a corrupção impede a adoção de medidas de Segurança Pública eficientes, seja pelo desvio de recursos ou por sua aplicação ineficiente. Falando sobre o crime organizado, Moro disse que o Estado deve agir com vigor, pois boa parte da criminalidade violenta está ligada às organizações criminais e trazem prejuízos incalculáveis para o Brasil.

“Altos indicadores de corrupção, crime organizado e crimes violentos elevam o Custo Brasil. Por isso o acordo com a Fiesp é tão importante. A iniciativa privada pode contribuir muito para solucionar questões relativas à segurança. O setor privado é dinâmico e tem recursos. A ideia é trabalharmos juntos”, concluiu.

O encontro teve também o reconhecimento aos atletas das equipes masculina e feminina de goalball do Sesi-SP, que conquistaram o título brasileiro da modalidade no último domingo, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo.