O Bradesco espera que o crédito a empresas cresça mais em 2011 do que os empréstimos a pessoas físicas. A projeção foi feita há pouco por Domingos Figueiredo de Abreu, diretor vice-presidente e de relações com investidores do banco, durante teleconferência com jornalistas para comentar o balanço do primeiro trimestre do ano, divulgado nesta manhã. Segundo a Economática, o banco registrou no período o segundo maior resultado da história da indústria.
O Bradesco apresentou lucro líquido contábil de R$ 2,702 bilhões nos três primeiros meses deste ano, com expansão de 28,5% perante os R$ 2,103 bilhões apurados em igual intervalo de 2010. Entre os principais motivos para a expansão, o executivo citou a expansão da carteira de crédito, o faturamento com operações de seguros e o crescimento da prestação de serviços.
A carteira de crédito do Bradesco cresceu 22,6% em março, na comparação com igual mês de 2010, para R$ 304,3 bilhões. A expansão está acima das expectativas do governo para o ano, em torno de 15%, e também do próprio banco, de um intervalo entre 15% e 19%.
Domingos Abreu destacou, na entrevista, o crescimento da concessão de crédito a micro, pequenas e médias empresas, de 29,4% em doze meses. Em seguida veio a expansão dos empréstimos a grandes companhias, com 23,4%. O componente que reduz a expansão, lembra o executivo, é o crédito à pessoa física, cuja expansão já está menos forte. O aumento foi de 16,4% em doze meses. “O crescimento dos empréstimos para pessoa jurídica se baseou sobretudo nos repasses do BNDES, Finame e cartão de crédito.”
No total, o crédito para empresas somou R$ 204,29 bilhões em março. Para pessoas físicas, foi de R$ 100 bilhões.
Para 2011, a expectativa é que essa distribuição entre concessões de crédito se mantenha. Os empréstimos para pessoa física devem crescer entre 13% e 17%. As pequenas e médias empresas devem crescer entre 20% e 24% e as grandes, entre 11% e 15%. “Não posso precisar quanto seriam esses crescimentos sem as medidas do governo para conter o crédito”, afirmou. “Mas podemos perceber que as linhas voltadas a investimentos estão se mantendo, o que é importante.”
Inadimplência
Apesar da perspectiva de crédito em alta, o Bradesco não espera aumento da inadimplência este ano. Domingos Abreu lembrou que a taxa geral de inadimplência se estabilizou, após 5 trimestres seguidos de queda. Em março, a taxa ficou em 3,6%, a mesma de dezembro. A queda vem ininterrupta desde setembro de 2009, quando atingiu o pico de 5%.
De todos os tipos de inadimplência, a da pessoa física é a maior, com 5,5%. Nas micro e pequenas empresas está em 3,5% e nas grandes companhias, em 0,5%. Apesar de não esperar alta no número de devedores, Abreu considera elevados os níveis de provisão do banco, que “dão conforto”. A provisão para devedores duvidosos ficou em R$ 16,7 bilhões, um aumento de 2,8% sobre dezembro.
Seguros
Um dos destaques do balanço do primeiro trimestre, segundo Abreu, foi o setor de seguros. A margem financeira com esses negócios cresceu 34,3% em doze meses, para R$ 999 milhões. Outro segmento destacado foi o de títulos e valores mobiliários, que teve expansão de 50,6% na margem, para R$ 661 milhões. “Nossas operações com tesouraria melhoraram, e alavancaram essa linha.”
FONTE: IG
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2025 Criado por Textile Industry. Ativado por
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI