O ex-ministro da Fazenda e do Planejamento Antonio Delfim Netto previu nesta quinta-feira que o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) ficará entre 2,5% e 3% em 2012. Ele está mais pessimista que um mês atrás. Em abril, ao participar de um evento promovido pelo Sebrae, em São Paulo, ele tinha estimado crescimento de 3,6% a 3,7% da economia brasileira. Desde então, contudo, o cenário internacional se deteriorou.
O economista avaliou que um avanço mais robusto do PIB não vai ocorrer apenas com estímulos ao crédito e requer maior participação do setor industrial, que passa por grandes dificuldades. "2012 tem uma cara feia", disse Delfim Netto, durante palestra sobre os desafios da economia brasileira promovida pelo Internews.
"O nosso crescimento vai ser menor do que esperávamos, principalmente porque o setor industrial está passando por uma dificuldade gigantesca. Não vai ser fácil voltar a um crescimento maior simplesmente pelo crédito, seria preciso realmente acelerar os investimentos usando o setor privado", afirmou Delfim, para depois explicar que suas estimativas são "puro chute". "O futuro não está dado. A única forma de prever o futuro é o construindo".
O professor emérito da FEA-USP também destacou a situação econômica mundial, que não é das melhores e acaba por afetar o crescimento do país. "Não adianta a gente existir. Temos que pagar o ônus de estar no mundo", comentou, referindo-se às chances cada vez mais concretas de a Grécia abandonar a zona do euro, ao crescimento menor que o esperado dos EUA e ao pouso não tão suave da economia chinesa.
Para Delfim, o modelo de crescimento econômico brasileiro, voltado ao consumo, foi muito eficiente para distribuir melhor a renda e reduzir as disparidades regionais, mas está chegando próximo do esgotamento.
Assim, para crescer mais, não há saída para o país que não passe por incentivos à oferta, ou seja, ao setor produtivo. São necessárias, segundo o ex-ministro, uma série de medidas para tornar a nossa produção mais competitiva, tais como atacar os problemas de infraestrutura, melhorar o ambiente de negócios, promover uma pequena reforma tributária, flexibilizar o mercado de trabalho e controlar a supervalorização do real, que encarece a mão de obra, entre outros.
Fonte:|http://www.valor.com.br/brasil/2663652/delfim-netto-diz-que-2012-te...
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