Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Democracia, Política, Socialismo A nossa “oposição”. Ou: A hegemonia de esquerda é total

Fonte: GLOBO

Numa reunião que terminou às 4h30m da madrugada deste sábado com muito choro, a ex-senadora Marina Silva comunicou a seus seguidores que seu sonho de ser presidente da República teria que ser adiado, e que seu projeto, agora, é acabar com a hegemonia e o “chavismo” do PT no governo.

Para tanto, Marina se filiou ao PSB de Eduardo Campos, e poderá até ser candidata a vice-presidente na chapa com o pernambucano. É bom Marina falar em acabar com a hegemonia do PT e o “chavismo” no governo. O que ela não terá como acabar, todavia, é com a hegemonia de esquerda na política nacional.

Estou até agora tentando entender uma coisa. A nossa grande “oposição” em 2014 será uma chapa formada por um governador que até ontem era parte importante do governo petista, aliado desde o começo, neto de Miguel Arraes, do Partido SOCIALISTA Brasileiro, e uma ex-senadora que até anteontem era ministra do mesmo governo petista, que foi do PT pelos últimos 30 anos, que reconheceu ter sido uma das decisões mais difíceis de sua vida sair do partido, e que defende uma espécie de socialismo verde?

É isso mesmo? A grande alternativa ao projeto de esquerda do PT são esses dois que eram parte do mesmo projeto não tem muito tempo? Isso apenas mostra como somos vítimas de uma completa hegemonia de esquerda no país, e como precisamos urgentemente de algo NOVO, sem medo de se contrapor, de verdade, a esse projeto esquerdista.

Não me levem a mal: entre Dilma e Eduardo Campos com Marina, eu voto na “alternativa”, nem que seja para desintoxicar um pouco a máquina estatal, totalmente aparelhada pelos petistas, sindicalistas e apaniguados. É menos pior, não resta dúvida. Mas são variações do mesmo tom de vermelho, ainda que menos “chavista”. É, no máximo, contenção do estrago, nunca uma troca realmente saudável.

O Brasil precisa de uma oposição legítima, com bandeiras de direita, liberais e até conservadoras. Não se constrói uma democracia sólida apenas com uma só tecla. Até porque essa tecla, bem à esquerda do piano, só produz ruído e estraga qualquer melodia decente. Chega de tanta esquerda!

Fonte: GLOBO

http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/

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