Fonte:|valoronline|
As indústrias de fiação e tecelagem instaladas no Nordeste foram atraídas entre as décadas de 1970 e 1980 pela abundante oferta de algodão no Ceará, que era o maior produtor nacional na época. A liderança foi perdida após a lavoura ser dizimada por um inseto chamado bicudo. Naquele momento, não havia tecnologia disponível para o controle dessa praga.
Antes disso, na safra 1980/81, o Ceará plantava sozinho 1,4 milhão de hectares de algodão, área maior do que a atualmente cultivada em todo o Brasil (817 mil hectares). Mas desde o ciclo 1995/96, a cotonicultura naquele Estado se limita a menos de 100 mil hectares - com exceção da temporada de 1999/2000 que foi de 109 mil hectares, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Em 1994, quando a Vicunha Têxtil iniciou a construção de suas unidades no Ceará, Mato Grosso ainda não existia no mapa da cotonicultura brasileira, conta Marcel Imaizumi, diretor da empresa. A atividade se resumia a incipientes 70 mil hectares cultivados.
Naquela época, a cultura no Ceará já tinha sido dizimada, mas a localização ali era estratégica, pois o Brasil já era grande importador da matéria-prima.
A partir do ano 2000, a cotonicultura em Mato Grosso tornou-se a maior do país e o algodão do Estado passou a ser exportado. Ao longo desses dez anos, apesar de crises econômicas, Mato Grosso se manteve na liderança. Hoje, o Estado cultiva 392 mil hectares.
A nova onda de investimentos em Mato Grosso também se deveu à maior facilidade no crédito para a indústria têxtil, altamente demandante de bens de capital.
Em 2008, antes de a crise mundial trazer seus efeitos para o Brasil, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 950 milhões para o setor têxtil, três vezes mais do que em 2007. No ano passado, reflexo da retração do crédito, esse desembolso caiu para R$ 380 milhões. Em relação à média de anos anteriores a 2008, no entanto, o desembolso em 2009 cresceu em razão do Programa de Sustentação de Investimento (PIS), criado pelo governo para ofertar crédito com taxas de 4,5% ao ano.
Nos dois primeiros meses deste ano, o BNDES desembolsou R$ 155 milhões ao setor têxtil para compra de máquinas e equipamentos, bem acima dos R$ 29 milhões no mesmo período de 2009. (FB)
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