Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Desaceleração Testa Dilma, “Dama de Ferro dos Trópicos”

A presidente Dilma Rousseff deve enfrentar neste ano o desafio de superar “sérias dificuldades” para manter a imagem do Brasil como “um país emergente de crescimento acelerado” e não correr o risco de perder a confiança dos investidores, na avaliação de reportagem publicada nesta terça-feira pelo diário econômico britânico Financial Times.

Dilma

Jornal questiona capacidade de Dilma Rousseff aprovar reformas necessárias para garantir crescimento

O jornal, que em sua chamada de capa chama Dilma de “Dama de Ferro dos Trópicos”, observa que o otimismo demonstrado pela presidente brasileira em seu pronunciamento de fim de ano “mascara sérias dificuldades que Rousseff e seu Partido dos Trabalhadores precisarão superar neste ano”.

A reportagem, que ocupa uma página inteira do diário, relata que, após crescer 7,5% em 2010, a economia brasileira encerrou o ano passado com um crescimento estimado de menos da metade disso, acompanhado de um aumento da inflação, chamada de “inimigo histórico do país”.

Além disso, comenta o diário, na área política a presidente “enfrentou uma série de escândalos de corrupção que ameaçaram desestabilizar sua incômoda coalizão”.

Popularidade com escândalos

FT relata que a popularidade de Dilma cresceu apesar dos escândalos, por conta da percepção pública sobre sua reação às denúncias, mas afirma que “os céticos advertem que ela terá que colocar um fim nos escândalos de corrupção neste ano, em meio às preocupações de que eles são prejudiciais a um governo cuja agenda legislativa já está repleta de projetos polêmicos e de tramitação lenta”.

O jornal afirma, porém, que “talvez o maior desafio seja devolver a economia aos altos níveis de crescimento”. “Os economistas argumentam que a rápida desaceleração vem expondo as limitações estruturais da economia brasileira”, diz o texto, observando que a maioria dos brasileiros ainda não sente a desaceleração, graças a uma taxa de desemprego de 5,2% em novembro, mantida em seus menores níveis históricos, e um aumento recente de 14% no salário mínimo determinado pelo governo.

–A questão é se o país pode alcançar taxas de crescimento maiores do que a média de 4% que conseguiu na década passada–, diz o texto. ”Para fazer isso, os economistas dizem que o Brasil tem que fazer os ‘consertos difíceis’ necessários para melhorar sua competitividade de longo prazo. Seu sistema tributário é notoriamente pesado, e mais gastos são necessários em educação, treinamento, pesquisa e desenvolvimento e em infraestrutura. Os investimentos, 19% do PIB, estão muito aquém das necessidades do país e dos níveis da China e da Índia”, comenta o jornal.

O diário comenta que Dilma já se mostrou pragmática, mas diz que “em um mundo no qual os modelos econômicos tradicionais americano ou europeu estão desacreditados, enquanto o Brasil se mostra resistente, será difícil para seu governo pressionar por reformas dolorosas”. “Mais fácil é manter o excesso de confiança”, afirma.

Fonte:|http://correiodobrasil.com.br/segundo-jornal-ingles-desaceleracao-t...

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Comentário de Edson Baron em 13 janeiro 2012 às 11:37

É preciso ter muita consciência para perceber que é em momento de bonança que se tomam as medidas necessárias para atenuar as dores ao atravessar os ciclos de tempestade que sempre virão.

A tendência brasileira à acomodação é que assusta. Pensa-se apenas no hoje (excesso de confiança), esquece-se do amanhã.

Perpetua-se a percepção de que tudo continuará em marolinhas e não se prepara para enfrentar ondas mais robustas. Prefere-se a correção à prevenção. As enchentes são exemplos claros disso. Postergam-se as ações preventivas para gastar muito mais com as corretivas e na maioria das vezes sequer corrige. Interesses escusos??? Ah vá?!!!

O Brasil vive um momento econômico geral muito bom em que deveria olhar para valer para a questão da competitividade, estimulando fortemente P&D que gera eficácia e inovação, começando um processo sério e profundo de desoneração tributária de todo o setor produtivo, investindo na transparência e eficiência do gastos públicos, etc.

É preciso enfiar o dedo em cada ferida que temos para curá-las de uma vez por todas, caso contrário teremos o dedo enfiado em nossas caras com a célebre frase: "Não sabe brincar, não desce pro play!"

Comentário de adalberto oliveira martins filho em 12 janeiro 2012 às 10:12

nao sei se o modelo de economia da europa e usa estão errados, ou se foi extrapolado por gastos como guerra e outros...mas todos sabem que a china acabou com as empresas tanto nos USA como na europa...diz um parceiro italiano: vcs (BRasil ) estão no mesmo caminho que a europa...valorizam produtos chineses em função de preços, porem o futuro é negro como da europa, pois quando encerra empresas........etc...etc....a europa montou fabricas de maquinas na china, e alem da qualidade, muitas nao aguentaram, pois os chineses copiam e oferecem mais baratas....etc..etc...

meu receio : qdo acordar já estamos sem condiçoes de investir , criar empresas e gerar empregos, que é uma das finalidades social de uma empresa: GERAR EMPREGO E RENDA PARA A POPULAÇÃO!!!!! 

PESSOAL NAO EXISTE PAIS DESENVOLVIDO SEM EMPRESAS!!!!!!!!!!11

 

Comentário de Wilson Floriano em 12 janeiro 2012 às 9:00

Quer ver ela passar apurada quando os outros paises descobrir que ela esta deixando morrer a

mingua as industrias textil brasileira.

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