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Desemprego bate novo recorde na UE

 

Na Grécia, 26% da população economicamente ativa está sem trabalho; FMI reconhece erro em cálculo sobre impacto da austeridade

09 de janeiro de 2013 | 2h 02

ANDREI NETTO , CORRESPONDENTE / PARIS - O Estado de S.Paulo

 

 

A zona do euro quebrou o próprio recorde de desemprego e agora registra 11,8% da população economicamente ativa sem trabalho. Os números foram divulgados ontem pelo Escritório Estatístico das Comunidades Europeias (Eurostat) e revelam que 18,82 milhões de pessoas estavam desempregadas nos 17 países da zona do euro em novembro, data do levantamento - 113 mil a mais do que em outubro. Nos 27 países da União Europeia, são 26 milhões de desempregados.

Os números foram informados ontem pela Eurostat, em Bruxelas, e confirmam que a espiral do desemprego e da recessão segue agindo no bloco, apesar das perspectivas econômicas cada vez menos pessimistas. Entre outubro e novembro, o aumento foi de 0,1%. Mas a gravidade do problema fica mais visível em cifras anualizadas. Entre novembro de 2011 e novembro de 2012, 2,01 milhões de pessoas perderam os seus empregos nos 17 países da zona do euro.

O recorde continua sendo da Espanha, que continuou à frente dos índices da Grécia. O país também foi o que mais sofreu aumento do desemprego no período de 12 meses - de 18,9% para 26%. A seguir veio o Chipre, que aumentou de 9,5% a 14%, a Espanha, de 23% a 26,6%, e Portugal, de 14,1% a 16,3%.

Os melhores resultados foram obtidos pela Áustria, 4,5%, Luxemburgo, 5,1%, Alemanha, 5,4%, e Holanda, 5,6%. Potências como França e Itália têm números intermediários: 10,5% no caso francês e 11,1% no italiano, próximos à média da região.

Como de praxe, o problema é maior entre jovens com menos de 25 anos. Ao todo 5,79 milhões deles, ou 23,7% do total, estavam desempregados nos 27 países da União Europeia, dos quais 3,73 milhões, ou 24,4% do total, só na zona do euro.

Os números da Eurostat foram publicados quatro dias após um surpreendente mea-culpa - não oficial - feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo duas altas autoridades da instituição, Olivier Blanchard, economista-chefe do fundo, e Daniel Leigh, integrante do Departamento de Pesquisas da instituição, os cálculos feitos sobre o impacto das políticas de austeridade estavam errados. O artigo assinado por Blanchard e Leigh afirma que a política de consolidação fiscal "mais forte que previsto" resultou em um "crescimento mais fraco que o previsto". "Uma explicação natural é que aos multiplicadores fiscais estavam claramente mais altos do que as previsões", concluíram os experts do FMI.

Na prática, o estudo de Blanchard e Leigh indica que o impacto da austeridade sobre o crescimento - e, portanto, o nível de emprego - foi entre duas e três vezes mais potente do que o imaginado em 2009, quando os pacotes de rigor fiscal começaram a ser exigidos da Grécia.

Para o economista Xavier Timbeau, do Escritório Francês de Conjuntura Econômica (OFCE), de Paris, as duas opções de análise - histórica e com modelos econômicos - pressupõem uma escolha ideológica. "Em ambos os casos, não são modelos neutros: suas construções trazem sempre uma parte que corresponde às ideologias", explica. "Na Grécia, o FMI foi ainda mais duro do que a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE). Vai ser necessário muito tempo para que mudanças aconteçam no fundo e também na Europa."

Promessa. Ontem, o ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, garantiu que o governo local adotará medidas para impulsionar o crescimento. Ele também disse que a Espanha não precisará de um resgate financeiro. "A Espanha não precisa de um resgate", disse. "Hoje, não houve nenhuma referência sobre questões relacionadas com o resgate. Falamos sobre questões de competitividade", afirmou o ministro. De Guindos participou de um fórum de competitividade organizado pelo Die Welt. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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