Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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“Desfilo porque tenho que pagar as contas”

Por Raisa Carlos de Andrade, em colaboração para o FFW

Isabeli Fontana no backstage da Maria Filó no Fashion Rio Verão 2013/14 ©Felipe Abe

Em julho, Isabeli Fontana completa 30 anos, 17 deles dedicados às passarelas. Após uma vida mergulhada no ritmo acelerado das semanas de moda, a top escolheu desfilar para apenas uma marca no Fashion Rio: Maria Filó (veja o desfile aqui). Sem medir palavras, ela explica que até o interesse pela profissão mudou com o passar dos anos. “Desfilo porque tenho que pagar as contas” [o cachê de Isabeli gira em torno de R$ 40 mil por desfile]. Foram duas entradas e alguns minutos de muitas entrevistas pouco antes de embarcar para Paris.

Antes de desfilar, ela marcou presença no lounge da L´Oreal no evento, que recentemente a anunciou como rosto da marca. Circulam boatos que seu cachê para este trabalho gira em torno de R$ 400 mil. Diante da carreira que alavancou de forma inusitada, Isabeli assume que trocaria a moda pelas artes plásticas. “Mas até agora não pude aprender nada porque não tenho tempo, então vou aproveitar os próximos anos da minha vida sendo modelo. E já é um gancho para seguir outra história. Estou desenhando coisas”, conta. Enquanto isso, os caminhos são unificados através da criação: além de óculos para a marca Vogue, Isabeli assina o conceito da francesa Faith Connexion. “Escolhi os tecidos, dei as ideias. Tudo foi em cima do meu gosto pessoal. Acho que moda é muito aberto. O meu conceito, a minha moda é de um jeito e a galera está me procurando para desenhar coisas. Acho isso incrível”.

As angústias, ainda que pareçam relacionadas à idade, são tratadas por ela de maneira natural. “Comecei com 13, vou fazer 30. É uma vida inteira trabalhando na mesma coisa, né? Então agora quero fazer o que realmente amo: criar”, explica, atribuindo a característica ao signo. Isabeli é canceriana e justifica deste modo boa parte do seu jeito, o mesmo que acredita ter garantido o êxito de sua carreira. “Sou uma pessoa que chego neutra e eles me constroem. Acho que é por isso que cheguei aqui e estou até hoje. Minha imagem vem da minha personalidade: tive dois filhos, meus casamentos não deram certo porque sou uma mulher de verdade e aí virei embaixadora da L’óreal. Não é porque eu sou uma modelo que virei embaixadora deles. Hoje em dia existe menos isso… É importante saber que cheguei aqui sendo eu mesma, acreditando nas minhas coisas, que era possível viver feliz tendo a vida que eu tive”.

Sem se deslumbrar com a fama que chega a tomar sua privacidade, ela também relembrou o peso das escolhas feitas desde então. “Quando engravidei do meu primeiro filho, todo mundo disse que a minha carreira havia acabado e eu mal tinha começado. Disseram que meu corpo não iria voltar e aí que trabalhei mais ainda, fui persistente por algo que amava, que me motivava, o meu filho”.  Mãe de Zion e Lucas, ela trata a fama com certa abstração. “Isso nunca me afetou. Hoje vim preparada para entrevistas, já até acostumei. Mas na rua as pessoas nem me reconhecem porque ando tão mulambenta… Sou comum”.

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Comentário de luis carlos carvalho da silva em 19 abril 2013 às 21:05

lindo  belo  caimento  

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