COMENTARIO: Os bancos não vão largar esse osso da usura fácil. O Brasil é uma colônia de banqueiros. Os agiotas ganham muito aqui no Brasil- lá fora o jogo é outro e o sistema está quebrado: estão dando dinheiro de graça. Temos , efetivamente, os maiores spreads do mundo. Os juros no cartão de crédito atingem 157% ao ano. Enquanto nos EUA, ( a confirmar) um mau pagador paga cerca de 17% ao ano, e bons pagadores pagam juros ainda menores. Na verdade, a alegada inadimplência interessa aos agiotas. Possivelmente a maior causa da inadimplência é o juro alto. Mau pagadopr que pague mais. Não cabe ao bom pagador sustentar inadimplentes. Os bancos tem formado um oligopólio e assim não há concorrência
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou ontem uma nota técnica que analisa o spread bancário e os juros cobrados pelas instituições financeiras no País. Uma das conclusões é a de que o alto custo do dinheiro se explica pela oligopolização do setor bancário.
Por isso, defende a entidade, "a iniciativa recente do governo para reduzir os juros cobrados nos bancos públicos, ainda que seja uma ação pontual, tem papel central no estímulo à atividade econômica ao forçar a queda das taxas de juros e dos spreads nos bancos privados".
"Diante desse cenário, uma alternativa que possibilitaria a quebra relativa da lógica oligopolista que vigora no mercado bancário brasileiro seria a atuação mais incisiva dos bancos públicos, principalmente Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal", afirma a entidade.
O texto do Dieese resgata alguns estudos do Banco Central (BC) e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Com base nesses levantamentos, o Dieese elaborou um ranking que mostra o Brasil na liderança do spread bancário.
Aqui, a diferença entre a taxa de juro que o banco paga ao captar dinheiro e a que cobra ao emprestá-lo é de 27,8 pontos porcentuais. A seguir, vem o spread do Paraguai, com 26,9 pontos. Em terceiro lugar está o Peru, com 16,39, em quarto a Bolívia, com 9,61 pontos, e em quinto a Colômbia, com 7,37 pontos.
O Dieese lista os cinco fatores nos quais o spread é comumente fracionado: custos administrativos do bancos; inadimplência; taxas, impostos e contribuições; impostos diretos; e margem líquida, erros e omissões.
Em relação ao último fator - que também é o foco do governo na discussão -, o Dieese afirma que "há espaço para redução da margem líquida". Na avaliação da entidade, a redução dessas margens "não implica necessariamente a redução do lucro, mas em ganhos de escala, com maior volume de crédito e menor spread".
Esse é justamente o argumento dos principais bancos de varejo para justificar a razão pela qual acreditam que as margens de lucro não devem cair apesar da diminuição dos juros cobrados de pessoas físicas e empresas. Banco do Brasil, Itaú e Bradesco têm argumentado que o custo unitário menor do financiamento será compensado pelo maior volume.
O desafio é elevar as concessões em um ambiente de alta da inadimplência. Ontem, por exemplo, o Itaú informou que o lucro líquido no primeiro trimestre caiu 2,9% em relação a igual período de 2011 por causa do aumento do calote.
Em relação a esse tema - que é o foco dos bancos na discussão com o governo -, o Dieese observa que "muitos clientes dos bancos estão inadimplentes pelo fato de que, como as taxas de juros e spreads são reconhecidamente abusivos, muitos passam a enfrentar dificuldades na quitação das dívidas"
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