Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Dilma no primeiro turno: a vitória da inércia

O Ibope fez uma nova pesquisa. Vejam os números no post anterior. Apesar da propaganda maciça, a situação de Dilma não é um esplendor, mas é muito confortável. Dramática mesmo é a realidade da oposição. No cenário considerado mais provável, com Eduardo Campos como candidato do PSB (7%) e Aécio Neves, do PSDB (14%), Dilma vence no primeiro turno, com 43%. Caso Marina assuma o lugar do governador de Pernambuco, a realidade não se altera muito. Dilma fica com 42%; a criadora da Rede, com 16%, e o senador mineiro tende a murchar um pouco: 13%. ATENÇÃO! Se esses números detectam mesmo alguma mudança em curso, há sinais de queda de entusiasmo pela parceria Marina-Campos.. Há três semanas, ele tinha 10% no Ibope; agora, 7%; ela tinha 21%; agora, 16%.

Caso Serra assuma a vaga do PSDB como candidato, em lugar de Aécio, Dilma continua vencer na primeira rodada. Nesse caso, a petista passa de 40%, há três, semanas, para 41%; Serra, de 18% para 19%, e Campos, de 10% para 7%. Se os candidatos fossem Marina e Serra, tudo continuaria a se resolver na primeira rodada: a petista passa de 39% para 40%; Marina cai de 21% para 15%, e Serra passa de 16% para 17%.

A chance de segundo turno ficou para um cenário que já não existe mais: Serra e Aécio como candidato. Essa possibilidade acabou. Nesse caso, os adversários teriam 39%, contra 37% de Dilma.

Segundo turno
Segundo o Ibope, Dilma venceria a disputa no segundo turno com facilidade, qualquer que fosse o adversário:

- Dilma Rousseff: 47%
- Aécio Neves: 18%
- Branco/nulo: 22%
- Não sabe/não respondeu: 13%

- Dilma Rousseff: 44%
- Marina Silva: 24%
- Branco/nulo: 19%
- Não sabe/não respondeu: 13%

 - Dilma Rousseff: 48%
- Eduardo Campos: 12%
- Branco/nulo: 24%
- Não sabe/não respondeu: 16%

- Dilma Rousseff: 45%
- José Serra: 21%
- Branco/nulo: 21%
- Não sabe/não respondeu: 13%

Retomo
Essa pesquisa foi feita entre o dia 7 e o dia 11. A prisão dos mensaleiros foi decretada no dia 15. Terá tido algum impacto? Sabe-se lá. Uma coisa é certa: até agora, a maioria do eleitorado não vê a oposição como uma alternativa. A eleição ainda está distante, a campanha eleitoral não está nas ruas etc., e o governo dispõe de mais instrumentos para falar com a opinião pública.

O Ibope detectou que apenas 23% dos eleitores não querem mudança nenhuma; acham que tudo vai bem como está. Disseram que o governo deveria manter apenas alguns programas 38%, e 24% expressam o desejo de uma mudança total.

Leitura otimista para quem gostaria de ver o PT apeado do poder: 62% gostariam de mudanças. Ocorre que, em eleição, há diferenças entre gosto e gesto. Mudar para qual proposta? Sem uma fala mais objetiva e palpável, fica difícil. Vejam o caso de Marina: embalada pelas ruas, ela cresceu. Mas parece que já começa a ser fulminada por suas falas incompreensíveis.

Desde que saiba para onde, o povo até topa mudar de rumo. Mas insisto: para onde? Sem isso, vence a inércia.

Por Reinaldo Azevedo

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