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Distúrbios em Bangladesh prosseguem após a morte de operários

Distúrbios em Bangladesh prosseguem após a morte de operários
13 de dezembro de 2010 10h14

DACCA, 13 dez 2010 (AFP) -Milhares de operários têxteis que fabricam roupa para as principais marcas ocidentais bloquearam estradas nesta segunda-feira e ocuparam fábricas em Bangladesh, um dia depois da morte de quatro manifestantes que protestavam contra seus baixos salários.

Segundo a polícia, cerca de 5.000 operários realizaram um protesto numa fábrica e Gazipur, norte do país, e outros 5.000 trabalhadores interromperam sua atividade na zona exportadora de Ashulia, noroeste de Dacca.

Os operários, quatro dos quais morreram no domingo quando a polícia abriu fogo contra manifestantes, pedem um aumento de seu salário mínimo aprovado pelo governo em julho passado.

As 4.500 fábricas têxteis de Bangladesh, onde se produz roupa para varejistas como Wal-Mart, H&M e Levi Strauss, pagam a seus trabalhadores cerca de 3.000 taka (43 dólares) por mês, um aumento de 80% em relação a 2006.

No domingo, quatro pessoas morreram na cidade portuária de Chittagong (sudeste), quando a polícia disparou e lançou gases lacrimogêneos para tentar controlar os distúrbios.

Os distúrbios também ocorreram em função do anúncio do fechamento por parte do grupo sul-coreano Youngone de suas 17 fábrica no país.

A companhia, com um faturamento de 1,2 bilhão de dólares e considerada o primeiro exportador de Bangladesh, disse que os danos causados foram avaliados em 15 milhões de dólares. O grupo também afirmou que vários de seus diretores foram agredidos pelos operários.

O setor têxtil representa 80% das exportações anuais deste país, que somaram em 2009 um total de 16,2 bilhões de dólares. As fábricas têxteis de Bangladesh empregam mais de três milhões de operários, 85% deles mulheres.

sa/cn

FONTE: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4841017-EI294,00-D...

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Comentário de Fabrício Leite em 13 dezembro 2010 às 18:42

Responsabilizam empresas alemãs por distúrbios em Bangladesh

 

Berlim, 13 dez (Prensa Latina) Empresas alemãs têm responsabilidade nos distúrbios ocorridos em Bangladesh a raiz do protesto de milhares de trabalhadores da indústria têxtil, referiu o partido socialista Die Linke (A Esquerda).

  "O fato que as empresas germanas em Bangladesh ignoram o salário mínimo de 32 euros mensais nos demonstra que as promessas da indústria têxtil não valem nada", disse o deputado socialista Niema Movassat, membro da comissão parlamentar para Cooperação Econômica e Desenvolvimento.

Segundo Movassat, as obrigações pessoais de empresários europeus só servem para melhorar a imagem pública das assinaturas nos países do sul.

"Na realidade, as empresas estrangeiras beneficiam-se das condições nas fábricas que parecem a trabalho de escravos", agregou o parlamentar, ao criticar as violações permanentes das normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Movassat exigiu das empresas alemãs, presentes em Bangladesh, tomar posição sobre os acontecimentos violentos, enquanto exigiu ao governo do chanceler Angela Merkel impor as regras da OIT para estas.

FONTE: http://www.prensa-latina.cu/index.php?option=com_content&task=v...

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